A eleição do Papa Leão XIV continua reverberando na sociedade. Talvez não tanto na sociedade em geral, que tem sua própria agenda, mas no mundo católico.
Todo os dias, surgem trechos de homilias antigas, fotos importantes ou histórias contadas por pessoas que tiveram contato direto com o padre ou com o bispo Robert.
Durante todo esse processo do Conclave, o tema mais comum dos diálogos ao meu redor foi sobre até que ponto a escolha de um papa é movida pela influência divina ou pela ação humana.
Por nossa fé, cremos que na Igreja de Cristo quem sopra as velas é o Espírito Santo. Mas sempre meditamos sobre como isso se dá na prática.
Desde muito criança, já acompanhei outros quatro conclaves, mas confesso que neste fiquei bastante surpreendido, e há motivos para isso. Em certa medida, por surgir na sacada do Vaticano um homem que nunca vi. Mas há outra coisa nesse homem que a mim chamou especial atenção.
O leitor talvez não saiba: sou uma pessoa das Exatas. Engenheiro, trabalhei toda a minha vida na área do desenvolvimento de software e, nos últimos quase dez anos, com análise de dados e inteligência artificial.
Assim, além de todas as coisas interessantes que soube a seu respeito, há algo que muitos não notaram ou, se notaram, não deram importância. Essa sim, parece-me ponto crucial para confirmar a poderosa mão de Deus nessa escolha.
Além da formação tradicional, o Papa Leão XIV tem formação em Matemática. E isso é sensacional!
Note que minha animação não se trata de corporativismo barato. Bom, talvez só um pouco!
Hoje, além da guerra entre o bem e o mal, parece haver também uma guerra invisível entre o lógico e o ilógico. Não é necessário muito esforço para demonstrar que muitas ideologias não têm o menor senso de lógica, o que torna as pessoas de Exatas mais impermeáveis a essas ameaças.
Mas isso não é nada, perto do que me parece o fato central.
O mundo já entrou em um trajeto sem volta, movido pelo orgulho do homem por seu próprio pecado, por suas escolhas. A árvore do bem e do mal, cujo fruto foi provado pelos nossos primeiros pais, parece ter crescido entre nós.
Em vez de vivermos sob a sombra do Altíssimo, estamos dentro da sombra da árvore proibida, comendo todos os dias de seus frutos, “levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades” como previu Paulo.
Mas e o Papa matemático? Então. Deus já mostrou inúmeras vezes sua preocupação conosco. Incansáveis vezes, entrou no tempo para, primeiro nos redimir, e depois nos lembrar do nosso verdadeiro caminho. Usou de profetas, santos e, nos últimos séculos, de sua própria Mãe, que veio até nós tantas vezes para nos exortar.
Além desses momentos extraordinários, usou da ação ordinária da própria Igreja para incomodar o mundo, e tentar nos fazer sair dessas sombras e voltar para a luz que é o Cristo.
E agora, no xadrez da história, neste momento notável em que a sociedade começa a beber do Graal do bem e do mal, a inteligência artificial, Deus dá mais um movimento surpreendente.
Coloca na cabeça de sua Igreja alguém capaz de entender, com precisão matemática, onde estamos pisando. Além da inspiração do Espírito Santo, terá condições humanas de falar de igual para igual com os “sábios” desse mundo decaído, para ajudar a mostrar o caminho que Deus nos quer fazer voltar.
Nenhum de nós teria sido sagaz o suficiente para pensar nisso. Que movimento!
Assim, a escolha desse tal Robert para ser o Leão depois do XIII nos dá a certeza de que a ação do mundo nunca fugiu aos olhos de Deus.
Se há sinais de que este xadrez parece estar chegando mais próximo do seu fim, parece que Deus sentou Ele mesmo diante do tabuleiro para mexer suas peças.
Neste jogo, já vimos os movimentos do próprio Rei e de sua Rainha. Agora parece chegar a hora de o Bispo comandar a todos nós, peões do Rei, para os movimentos finais que levarão o inimigo do Rei ao seu final: xeque-mate!
Meu caro Luiz Viana
Gostei muito de seu texto!
E o novo Papa não é só matemático, é Agostiniano! O grupo que vem de Santo Agostinho, o homem rico, farrista, adúltero (meio como este mundo de hoje, não?) que se tornou um grande filosofo, doutor teólogo, bispo, Santo! Que Santo Agostinho ajude o Papa Agostiniano a encaminhar o mundo de hoje pelo mesmo caminho de conversão e salvação do Fundador da Ordem Religiosa da qual ele foi Pastor.
Muito obrigado.
João Guilherme