Autoridades do México podem proibir colocação de presépios em locais públicos

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Luciney Martins/O SÃO PAULO

Em 2020, o cidadão mexicano Miguel Fernando Anguas Rosado se sentiu ofendido com a exposição de presépios em locais públicos. Ele pediu que a Justiça mexicana proibisse a apresentação de qualquer referência ao nascimento de Jesus em locais coletivos no município de Chocholá. 

Baseado na petição de Miguel Fernando, o magistrado da Suprema Corte de Justiça mexicana, Juan Luis González Alcántara Carrancá, 73, propôs um projeto que proíbe a colocação de presépios e quaisquer outros símbolos de alusão religiosa em locais públicos. 

O projeto considera, ainda, que a colocação dos ditos objetos fere a liberdade religiosa e vai contra os princípios de laicidade da constituição mexicana e privilegia a religião católica em relação a outras crenças. 

No dia 9 de novembro, a Suprema Corte de Justiça se reunirá para julgar o projeto, cuja proibição seria destinada apenas ao município de Chocholá. No entanto, os bispos da Igreja Católica no México temem que esta medida seja o começo de um viés anticlerical e acabe por proibir os tradicionais presépios natalinos no país. 

Além disso, a Arquidiocese primaz do México considera que o projeto favorece uma “laicidade negativa”, pois evita que as religiões sejam públicas, e pediu que a Suprema Corte não vote a favor dele. Se aprovado, a decisão colocaria o México entre os países com medidas mais restritivas em relação às religiões. 

Fonte: Gaudium Press 

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