Cardeal Scherer fala sobre a mais recente reunião do Conselho para a Economia da Santa Sé

O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer conversou com a Rádio Vaticano – Vatican News sobre o Conselho para a Economia do Vaticano. Nos dias passados houve um encontro.

Luciney Martins/O SÃO PAULO

Nestes últimos dias o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer esteve no Vaticano Roma participou do encontro do Conselho para a Economia do Vaticano. Conversando com Silvonei José, dom Odilo falou sobre o Conselho recordando que o mesmo foi criado pelo Papa Francisco dentro da reforma dos órgãos administrativos da Santa Sé, é que tem hoje como grande guarda-chuva a Secretaria para a Economia que acompanha e controla os vários órgãos administrativos da Santa Sé.

Porém, disse, “há entre a Secretaria para a Economia e as decisões do Papa, – que tem a decisão superior -, o Conselho para Economia: o Conselho acompanha as questões econômicas sem tomar decisões, ele non é executivo”.

O Conselho para a Economia é um Conselho para o discernimento e para apresentar propostas, sugestões, em vista de decisões a serem tomadas pelo Santo Padre, e, portanto, as várias questões da Economia da Santa Sé acabam passando pelo Conselho da Economia, que não toma decisões, mas acompanha e apresenta propostas.

Dom Odilo destacou que desta vez – as reuniões do Conselho para a Economia são 4 – 5 por ano – no início de maio, foram acompanhadas de várias questões. Primeiramente, a Fábrica de São Pedro. Algo que talvez escape ao conceito general, a Fábrica de São Pedro, assim chamada, não é uma fábrica, mas é a administração da Basílica de São Pedro e daquilo que está junto à Basílica de São Pedro, que tem até um pequeno Museu e uma escola de mosaico. Mas tudo em função da própria Basílica de São Pedro, que como se sabe foi construída no século 16.

“Uma construção enorme – destacou – que deve ser constantemente administrada, não só para limpeza e manutenção, mas também o controle da situação para ver se não tem infiltração, se não tem algum mosaico caindo, e assim por diante. Isso tudo requer uma gestão muito grande evidentemente despesas muito grandes.

Além do mais a Basílica de São Pedro, sozinha, recebe mais turistas que o Brasil inteiro durante um ano. Só a Basílica de São Pedro durante o ano chega a receber mais de 20 milhões de turistas, peregrinos, fiéis, pois ela, além de ser um lugar de fé tem também um interessa cultural muito grande. Então ela é muito visitada.

Perguntado: como estão as finanças do Vaticano?

Eu diria que a Santa Sé não é uma ilha feliz em um mundo de crise econômica. Até mesmo a Santa Sé está lutando para atender às suas necessidades diárias e, no final do ano, o orçamento é geralmente no vermelho ou quase no vermelho. Essa situação não é nova e a solução sempre foi a generosidade dos fiéis, pequenas ou grandes doações dos fiéis e dos órgãos da Igreja. O direito canônico prevê que as dioceses de todo o mundo ajudem a Santa Sé, especialmente em situações de grande necessidade. E isso funciona. Há doações de muitas dioceses, que realmente ajudam a Santa Sé em questões econômicas.

Ouça a íntegra da entrevista:

Fonte: Vatican News

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