COVID-19: para o seu bem e pela vida do próximo, proteja-se!

Aos cristãos, de modo especial, cumprir as orientações sanitárias para evitar a proliferação do novo coronavírus é uma postura de coerência de fé, pois expressa também o cuidado com a vida do irmão. É, concretamente, seguir o mandamento do amor: “Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei”. (Jo 13,34)

O número de pessoas mortas por COVID-19 no Brasil já é superior a 105 mil, passados cinco meses do registro do primeiro óbito, em março. Do total de mortes, aproximadamente 10% ocorreram na capital paulista. Atualmente, a média diária de mortos por COVID-19 na cidade é superior a 60 pessoas, um indicador bem melhor que o da média registrada em junho (96).

Embora o avanço da doença pareça estar mais bem controlado do que antes, os descuidos com as medidas de higienização, especialmente diante da retomada das atividades presenciais, e a realização de atividades que aglomerem pessoas sem os devidos cuidados de distanciamento social podem afetar o controle da pandemia, que especialmente, nas regiões periféricas, ainda deixa um saldo de dor: Sapopemba, na zona Leste, por exemplo, tinha até o dia 3 deste mês o acumulado de 437 óbitos, e a Brasilândia, na zona Noroeste, 368 mortes.

A vida do outro também importa

Recomendações sanitárias como o uso de máscaras, higienização das mãos e adoção do distanciamento social continuam válidas para que se evite a disseminação do vírus.

Na Arquidiocese de São Paulo, as paróquias que já retomaram as missas com a presença dos fiéis têm seguido tais recomendações, que são visíveis aos fiéis assim que chegam aos templos, por meio de um cartaz especialmente produzido (imagem ao lado).

“Temos que manter firme a questão dos cuidados com a saúde, para não nos contagiarmos e não favorecermos o contágio de outras pessoas”, ressaltou o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, em uma live em 21 de junho.

Nesta semana, o Cardeal voltou a externar sua preocupação com os casos de COVID-19 no país, em artigo na seção “Encontro com o Pastor”, do O SÃO PAULO.

Aos cristãos, de modo especial, cumprir essas orientações sanitárias é uma postura de coerência de fé, pois expressa também o cuidado com a vida do próximo. É, concretamente, seguir o mandamento do amor: “Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei”. (Jo 13,34), e ter também em conta que “o amor não faz mal ao próximo. Assim, é no amor que está o pleno cumprimento da lei’ (Rm 13,8-10)” (Catecismo da Igreja Católica, 2196).

O cuidado com a vida do próximo nesta pandemia foi destacado pelo Papa Francisco na homilia da Missa do Domingo de Ramos, em abril: “O drama que estamos a atravessar impele-nos a levar a sério o que é sério, a não nos perdermos em coisas de pouco valor (…) Procuremos contatar quem sofre, quem está sozinho e necessitado. Não pensemos só naquilo que nos falta, mas no bem que podemos fazer”.

O perigo da perda da sensibilidade humana com a condição de vida do próximo é um alerta que o Papa Francisco já fizera em dezembro de 2014, ao falar aos cardeais e colaboradores da Cúria Romana. Na ocasião, ele alertou para a “doença da indiferença para com os outros”, que se expressa “quando cada um só pensa em si mesmo e perde a sinceridade e o calor das relações humanas ”.

4 atitudes fundamentais

Em respeito a própria vida e à do próximo, esteja em alerta para evitar a proliferação do novo coronavírus, com estas simples atitudes:

Use máscara

Sejam as produzidas industrialmente, sejam as caseiras, as máscaras funcionam como uma barreira física contra gotículas respiratórias expelidas por pessoas que podem estar com o novo coronavírus e serem assintomáticas. É preciso que a máscara tenha pelo menos duas camadas de pano, ou seja dupla face. Sua dimensão deve ser suficiente para cobrir totalmente a boca e o nariz. Seu uso é individual. Deve ser retirada apenas pelas alças laterais e jamais tocada em sua parte frontal.

Higienize as mãos

O novo coronavírus é revestido por uma camada de gordura, que se dissolve quando em contato com água e sabão ou o álcool em gel. Sem essa camada, o vírus morre. Durante o deslocamento para atividades externas, recomenda-se que a pessoa tenha álcool em gel e o utilize nas mãos após tocar nas superfícies. Ao chegar ao destino final, em casa ou ao trabalho, por exemplo, o melhor é que faça a lavagem completa das mãos, dos punhos e do antebraço com água e sabão, e seque-as com uma toalha individualizada ou com um pedaço de papel limpo.

Desinfecte seus objetos

Os vírus respiratórios se espalham pelo contato, por isso é recomendável a desinfecção de objetos e superfícies tocados com frequência, como telefones celulares, computadores, brinquedos, maçanetas, chaves e corrimão, por exemplo. Estudos demonstraram que o vírus da COVID-19 pode sobreviver por até 72 horas em plástico e aço inoxidável, menos de quatro horas em cobre e menos de 24 horas em papelão. Independentemente de qual superfície tenha sido tocada, limpe as mãos com álcool em gel ou lave-as com água e sabão, e evite tocar os olhos, a boca ou o nariz antes dessa higienização.

Respeite o distanciamento social

Sempre que possível, mantenha uma distância de pelo menos 1 metro entre você e os outros, principalmente se estiver ao lado de alguém que esteja com tosse ou espirrando. Desse modo, evite participar de qualquer atividade que leve a aglomeração de pessoas e na qual não seja possível se respeitar esse distanciamento mínimo.

 (Com informações da FioCruz, Opas Brasil, Vatican News e Ministério da Saúde)

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