Em encontro nacional, é ressaltada a comunhão e missão dos presbíteros

Cerca de 532 presbíteros de todas as dioceses do Brasil estiveram reunidos no Santuário Nacional, em Aparecida (SP), nos dias 9 a 14 de maio, para participar do 18º Encontro Nacional de Presbíteros

CNBB

Com o tema “Presbíteros: Comunhão e Missão”, aconteceu entre os dias 9 e 14, em Aparecida (SP), o 18o Encontro Nacional de Presbíteros (ENP), ocasião em que os 532 sacerdotes participantes refletiram sobre a própria missão e os desafios da Igreja no país, intensificados pelo período da pandemia de COVID-19. Os trabalhos foram assessorados Padre Rosimar José de Lima Dias, doutor em Psicologia Clínica e Psicologia da Religião, e por Dom Joel Portella Amado, Secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Durante o encontro, houve a eleição dos novos membros da Comissão Nacional de Presbíteros (CNP), pelo período de quatros anos. A ratificação ocorrerá na reunião do Conselho Episcopal Pastoral da CNBB, em junho. Como presidente foi eleito o Padre André Luis do Vale, da Diocese de Uruaçu (GO); como vice, o Padre Fausto Marinho Carvalho Filho, da Arquidiocese de São Paulo (SP); o 1o secretário será o Padre Rudinei Lasch, da Diocese de Cachoeira do Sul (RS); e o 1° tesoureiro, o Padre Ariosvaldo de Jesus Aragão, da Arquidiocese de Vitória da Conquista (BA).

Na carta final do 18o ENP, os presbíteros reafirmam sua fidelidade “ao Magistério da Igreja na pessoa do Papa Francisco, na teologia bíblico-patrística, na eclesiologia do Concílio Vaticano II, na Teologia da Conferência Geral do Episcopado Latino Americano e Caribenho e nas orientações doutrinais e pastorais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, para vencermos o personalismo, o clericalismo e o isolamento pelo cultivo da comunhão, participação e missão”.

Externam preocupação quanto à saúde dos sacerdotes, dado que “a alta rotina nas atividades pastorais, celebrações, reuniões, estudo, formação e demais atividades podem levara um desgaste físico, mental e espiritual identificadas como Síndrome de Burnout. Equilibrar ministério e vida é um desafio constante para todos os presbíteros para desempenhar bem a missão e viver bem”.

Reafirmam sua missão permanente de “proclamar a misericórdia de Deus e chamar as ovelhas cansadas e abatidas ao descanso no redil. Deus nos santifica para que esse processo da comunhão mais radical seja experimentado e praticado”; e lembram que mergulhado na Palavra de Deus e como Servo do Senhor, “o presbítero é convidado também a olhar a vida. Assim como Jesus olhou para o Pai (Mt 11, 25-26) e olhou também para a vida (Mt 11,27-28), o presbítero é chamado a permanecer com esse duplo olhar, aprendendo diariamente com o Cristo Senhor, sob a força do Espírito, a estabelecer essa integração irrenunciável. O presbítero olha a Palavra para poder olhar a vida com os olhos e o coração de Cristo. O presbítero olha a vida para poder apresentar a Jesus as alegrias e dores das pessoas e dos povos”.

Na carta, recordando o Documento de Aparecida, os participantes do 18o ENP lembram que o sacerdote deve ter sempre coragem para abandonar as estruturas ultrapassadas que já não favorecem mais a transmissão da fé, e ressaltam que o anúncio do Evangelho é indispensável em um mundo que ergue muros entre países, ruas, cidades, famílias, corações e religiões. Também afirmam que “a eclesiologia de comunhão expressa a capacidade de caminhar juntos, sinodalidade, e revela que a novidade do Evangelho rompe as barreiras, que tendem a se fechar em nós mesmos, em nossas perspectivas, levando ao isolamento, indiferença, diante das exclusões econômicas e sociais”.

CLIQUE AQUI E CONFIRA A CARTA NA ÍNTEGRA

(Com informações da CNBB)

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