Em novo livro, Francisco fala da ‘coragem de construir a paz’

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“São tantas guerras em ato neste momento, que causam enorme dor, vítimas inocentes, especialmente crianças”, diz o Papa Francisco, em um novo livro publicado pela Libreria Editrice Vaticana, na Itália. “Guerras que provocam a fuga de milhões de pessoas, obrigadas a deixar a sua terra, as suas casas, as suas cidades destruídas para salvar suas vidas.” 

Eram guerras que “pareciam distantes”, e muitas permaneciam esquecidas pela maior parte da população e dos líderes mundiais, mas, agora, com a invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciou-se uma nova fase. “A guerra estourou perto de nós. A Ucrânia foi agredida e invadida”, escreve o Pontífice. 

Durante as orações do Angelus dos últimos meses, o Papa chegou a pedir uma trégua de Páscoa, para que a ajuda humanitária pudesse ser enviada às áreas de guerra da Ucrânia e para que o diálogo fosse restabelecido. No domingo, 24, ele renovou esse apelo. “Parem os ataques, para ir ao encontro do sofrimento da população atingida. Parem, obedecendo às palavras do Ressuscitado, que no dia de Páscoa repete aos seus discípulos: ‘Paz a vós!’” 

Divulgação

O livro, intitulado “Contra a guerra: a coragem de construir a paz”, foi publicado em 14 de abril, por enquanto somente em italiano. O texto reúne diferentes discursos do Papa Francisco sobre o tema da paz, inclusive alguns mais recentes, nos quais comenta a situação da Ucrânia. O prefácio, porém, é original. No posfácio, o vaticanista Andrea Tornielli, diretor editorial do Vatican News, faz uma reflexão sobre diferentes contribuições dos papas na promoção da paz. 

“A guerra não é a solução, a guerra é uma loucura”, diz Francisco na introdução. “A guerra é um câncer que se auto-alimenta, fagocitando tudo. Ainda mais, a guerra é um sacrilégio, que faz estragos em tudo o que é mais precioso sobre a terra, a vida humana, a inocência dos pequenos, a beleza da criação”, escreve. 

Ele recorda, ainda, os apelos dos Papas e Santos João XXIII, Paulo VI e João Paulo II, sendo este último o que definiu a guerra como “uma aventura sem retorno”. 

“Temos a memória curta”, lamenta o Papa Francisco. “Se tivéssemos memória, saberíamos que a guerra, antes que chegue ao front, deve ser parada no coração.” 

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Maria
Maria
1 ano atrás

Boa tarde porque o Papa Francisco não se manifesta sobre o que o (Pedro reges )fala nossa senhora ela não mente é o papa não fala nada . Porque a nossa Igreja católica apostólica romana é a que Deus deixou.