Sacerdote conversou com os meios de comunicação da Arquidiocese durante a ExpoCatólica 2023
Diante do temporal histórico que caiu na cidade de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, no fim de semana do feriado de carnaval, a Caritas Arquidiocesana de São Paulo mobilizou uma campanha de arrecadação em prol das famílias afetadas. Mais de 3 mil pessoas ficaram desalojadas ou desabrigadas.
A Campanha SOS Litoral Norte foi a de maior sensibilização e engajamento da história da CASP, tendo sido arrecadados R$ 233,8 mil.
Em visita ao estande da Arquidiocese de São Paulo na ExpoCatólica, o Padre Alessandro Henrique Coelho, Pároco da Paróquia São Sebastião, na cidade de mesmo nome no litoral paulista, agradeceu a todos que de algum modo colaboraram com a iniciativa.
“Expresso nossa gratidão à Caritas Arquidiocesana de São Paulo, que colaborou concretamente com a doação. Agora nós estamos fazendo e acompanhando algumas famílias que fizemos a entrega de televisores, de geladeiras, de fogões, de sofás. Neste segundo passo, temos cadastrado novas famílias, colaboramos na reconstrução da casa de duas famílias, desde a compra de piso, de laje, com toda essa doação que a gente recebeu da Caritas”.
SITUAÇÃO ATUAL
Padre Alessandro detalhou que passamos três meses do fato, algumas famílias estão morando em habitações provisórias construídas pelo Governo do Estado as chamadas casas de passagem, até que fiquem prontas suas casas definitivas.
“Há um grupo de famílias que está em apartamentos que foram construídos em Bertioga, e aí temos vários casos, desde famílias que ainda estão com os familiares, pessoas que ainda estão nas casas dos patrões, e a Igreja procura acompanhar cada situação para dar uma resposta concreta, e também de amparo e de apoio a estas famílias, pois há pessoas que estão muito machucadas, muito traumatizadas, até pela questão das perdas. Infelizmente, tivemos 64 pessoas que morreram nessa tragédia”, detalhou.
A Paróquia São Sebastião também têm feito o acompanhamento pastoral das famílias, com celebrações nas comunidades, até o acompanhamento psicológico dessas pessoas e o atendimento pessoal, com a proximidade da oração.
O Sacerdote manifesta o desejo de que haja uma efetiva mudança no olhar do poder público para com as pessoas que vivem em áreas de risco: “Essas pessoas não possam ser esquecidas. Na Sexta-feira Santa, a gente confeccionou uma cruz e colocou o nome de cada uma delas atrás da procissão do Senhor Morto. A memória delas nos impulsiona a ter ações concretas principalmente às famílias em situação de risco”, enfatizou.
(Apuração: Cleide Barbosa/ Colaborou: Fernando Arthur)
