Guido Schäffer e Irmã Tereza Margarida: dois brasileiros ‘veneráveis’

Arquivo Pessoal

O processo de canonização de dois brasileiros avançou mais um passo na última semana. O Papa Francisco autorizou o reconhecimento das chamadas “virtudes heroicas” de Guido Vidal França Schäffer, seminarista fluminense morto em 2009, e da Irmã Tereza Margarida do Coração de Maria, religiosa carmelita mineira. O Dicastério para as Causas dos Santos publicou os decretos no sábado, 20.

Isso quer dizer, inicialmente, que ambos passam a ser considerados “veneráveis”. Trata-se do primeiro grande reconhecimento que a Igreja confere a uma causa. Após a investigação realizada em nível diocesano sobre a fama de santidade de uma pessoa – autorizada pelo bispo diocesano – o processo é apresentado ao Dicastério, no Vaticano. Uma vez aberto o processo, o fiel admirado publicamente passa a ser chamado “servo de Deus”.

Em seguida, estuda-se cuidadosamente a sua vida e trajetória, buscando as “virtudes heroicas”. Se demonstradas, a causa vai adiante. A próxima etapa seria a beatificação, que normalmente requer o reconhecimento de um milagre realizado por intercessão da pessoa “venerável”. Caso seja um mártir, esse milagre não é sempre necessário.

A beatificação autoriza a devoção em nível local – na diocese de origem – e a canonização, a última etapa, que requer um segundo milagre, permite a devoção em toda a Igreja.

QUEM SÃO ELES

Guido Schäffer nasceu em Volta Redonda (RJ), em 1974. Formou-se médico e trabalhou com as irmãs de Madre Teresa, as Missionárias da Caridade. Ficou conhecido por ter como hábito a prática do surfe, esporte que, em um acidente, o levou à morte precoce em 1° de maio de 2009, aos 34 anos. Schäffer também foi seminarista e tinha um grande desejo missionário.

Já a Irmã Tereza Margarida do Coração de Maria foi uma monja carmelita que viveu entre 1915 e 2005. Nascida em Borda da Mata (MG), era originária de uma família rica, de proprietários de terras, mas após ler obras de Santa Teresa do Menino Jesus, se interessou pela espiritualidade carmelita. Uma vez professa na Ordem dos Carmelitas Descalços, tornou-se conhecida por seus conselhos espirituais, formação bíblica e forte oração. Morreu em 2005, após uma longa doença pulmonar, com fama de santidade.

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