No Santuário Nacional, devotos pedem a intercessão de Nossa Senhora por suas vidas e pelo Brasil

“Maria nos ajuda a ter a esperança certa”. Esta foi a mensagem da Santa Missa de encerramento da Festa da Padroeira de 2022, celebrada no Altar Central do Santuário Nacional na noite deste 12 de outubrodia de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil.

Thiago Leon/Santuário Nacional de Aparecida

Presidida pelo Superior Provincial da província de São Paulo da Congregação do Santíssimo Redentor, Pe. Marlos Aurélio da Silva, C.Ss.R., a missa concluiu as reflexões acerca do tema central da Novena, “Com Maria, caminhar juntos para construir uma Igreja missionária”.

Na acolhida da imagem de Nossa Senhora, a mensagem de que “a Virgem de cor escura não quer escravos, nem  dominadores nem dominados, nem soberbos nem orgulhosos. O desejo da Mãe é o desejo do Filho: espera que sejamos um Povo-irmão. Deixemo-nos tocar por Deus e celebremos com fervor a Senhora Aparecida, na gratidão, na esperança e na paz”.

Gratidão em poder celebrar

Em sua homilia, Pe. Marlos destacou que “todos que estão aqui [no Santuário], o estão como romeiros e peregrinos. É dia de festa, é dia de alegria, como toda celebração, como toda Eucaristia. Todas as vezes que invocamos nosso Deus, conseguimos ter no coração alegria, esperança, gratidão”, disse.

Gratidão. Há exatamente um ano estávamos aqui encerrando a Festa e dizíamos o quanto gostaríamos que, no próximo ano, nós pudéssemos estar mais aliviados com o peso que a pandemia representa e representava. E Deus nos atendeu: [Hoje temos] uma basílica repleta de romeiros, comemorou. 

Viver e praticar o que celebramos

O missionário redentorista lembrou que “Deus não é indiferente aos nossos sofrimentos e necessidades. E quão poderosa é a intercessão de Maria diante de tudo isso”: 

“Temos motivos para amar Nossa Senhora. Tantos motivos temos para agradecer. A Novena esteve muito sintonizada com a caminhada da Igreja no mundo e no Brasil, tempos de evangelização. Quem participou sai sabendo mais sobre como caminhar juntos, crescer nesse espírito comunitário da nossa fé, da qual devemos participar, nos comprometer com a caminhada que é de todos. Gratidão para com o Papa, que nos convoca a sair da nossa zona de conforto, a ir construindo uma Igreja cada vez mais comprometida com a nossa história e nossa gente. Tudo isso é motivo para agradecer”.

Ter uma atitude de esperança

“Temos também que pensar também numa atitude de esperança que a novena exige de cada um”, disse o padre. “Não de maneira passiva, de quem fica de braços cruzados, mas também somos chamados a ‘esperançar’, como nos ensinou Paulo Freire. A ter uma atitude de compromisso com esta esperança, de nos colocarmos em movimento, como tantos personagens da Bíblia”, citou. 

“Uma esperança que nos coloca em movimento, capaz de fazer com que a água seja transformada em vinho, que atinge os nossos sonhos. Como não sonhar para que a gente tenha um país reconciliado, pacificado, não dividido? Sonhar, ter esperança de uma nação unida com projetos, de fato, comprometidos com o direito de todos, especialmente dos mais pobres“.

Nossa Senhora é a fonte de nossa esperança

“Maria nos ajuda a ter a esperança certa, porque Ela também teve esperança no seu Deus. E é para este mesmo Deus que Maria aponta e nos chama a contemplar e nos comprometer. E, acima de tudo, fazer com que o sonho não seja uma desilusão, mas uma festa da qual todos participem.

Nosso Deus não é indiferente à nossa dor, às várias dores que temos e às esperanças que temos em nosso coração. Mas Ele deve contar sempre com a nossa participação, para que juntos consigamos tornar concreto esse reino, que é de Deus e todos nós, salientou.

Nosso compromisso missionário

“Concluindo hoje essa festa, [pedimos] que no coração de cada um de nós, que é o principal altar, nasça um compromisso missionário. Cada um de nós, se for verdadeiro discípulo, torna-se também intercessor. Sua oração e compromisso é ajudar para que o mundo seja um espaço bom e agradável a todos, e não [apenas] para alguns”, incentivou o sacerdote. 

“Ser missionário é urgência do clamor que nasce da nossa fé em Deus e Nossa Senhora Aparecida, para que a mensagem cristã transforme nossas vidas e a vida de nossos irmãos”.

De acordo com Pe. Marlos, é hora, de fato, de assumirmos a missão, como compromisso do nosso batismo e fé em Deus, de modo que a Novena de 2022 não se torne algo do passado, mas que represente a renovação do nosso ardor missionário“um compromisso renovado com cada um de nós, com Deus, com nossa consciência e daqueles que precisam de uma mão estendida, que precisam que a nossa missão considere e contemple cada um deles“.

Ainda falando sobre Comprometimento, o redentorista afirmou que o nosso voto pode ser também uma expressão do nosso compromisso missionário, pensando, sobretudo, não no meu interesse, mas naquilo que vai ser bom pra quem mais precisa, pra quem sonha com coisas básicas e mínimas e está sendo simplesmente ignorado na sua dignidade de filho e filha de Deus. “Que esse seja nosso gesto concreto, e assim alegraremos o coração da Mãe”, pediu.

Fonte: Santuário Nacional de Aparecida

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