O adeus ao Cônego Laerte Vieira da Cunha, aos 91 anos

Missa de 7º dia acontece na quarta-feira, 3 às 20h na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, na Região Santana

Luciney Martins/O SÃO PAULO/Arquivo

Fiéis, sacerdotes, amigos e familiares se despediram do Cônego Laerte Vieira da Cunha, que faleceu no dia 26 de abril, aos 91 anos de idade.

O Sacerdote estava internado no Hospital Nipo-Brasileiro, devido a complicações de saúde.

O velório aconteceu na quinta-feira, 27 de abril, na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, no Jaçanã, onde o Cônego Laerte colaborou nos últimos anos.

A missa de corpo presente foi presidida pelo Padre Carlos Alberto Doutel, Vigário-Geral Adjunto para a Região Episcopal Santana, que representou o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, que estava em Aparecida (SP) com os bispos auxiliares, participando da 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Nascido em 29 de outubro de 1931, em São Paulo, o Cônego Laerte teve o despertar vocacional para o sacerdócio ainda na infância, na Paróquia São Rafael, na Mooca, zona Leste da Capital. Ingressou no Seminário Menor Arquidiocesano, em Pirapora de Bom Jesus (SP), aos 14 anos. Foi ordenado sacerdote em 3 de dezembro de 1961, na Paróquia Imaculada Conceição, à época capela do Seminário Central do Ipiranga.

Como sacerdote, atuou como professor no seminário, pároco e vigário paroquial em diversas paróquias. Por mais de duas décadas, foi Vice-Chanceler do Arcebispado de São Paulo. Seu último trabalho pastoral foi como Vigário Paroquial na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, na Região Santana.

AMIZADE E GRATIDÃO

Entre os concelebrantes da missa exequial estava o Cônego Celso Pedro da Silva, Pároco da Paróquia Santa Rita de Cássia, no Pari, que foi ordenado sacerdote com o Cônego Laerte. Ele relatou que conheceu o amigo ainda na adolescência, no Seminário Arquidiocesano. “As lembranças que eu guardo do Laerte são as melhores, como companheiro, como cantor – cantávamos juntos nas missas do seminário – e nos estudos. Laerte, lembra-te de nós lá no céu”, manifestou. Padre Sulliver Rodrigues do Prado, Administrador Paroquial, afirmou que o Cônego Laerte não foi apenas um amigo, mas um “irmão mais velho”.

“Sempre que precisava de algum conselho, eu o procurava. Era com ele que partilhava as alegrias e dificuldades da vida sacerdotal”, relatou o jovem Padre, destacando que, na última Quinta-feira Santa, o Cônego pediu para fazer a homilia na missa da Ceia do Senhor. “Aqueles que estavam aqui ouviram-no pedir apoio para esta comunidade paroquial que ele tanto amou nesta vida”, completou.

MOVIDO PELO EVANGELHO

Quando o Cônego Laerte completou 82 anos de vida, em outubro de 2013, sua trajetória de vida foi recordada em uma reportagem do O SÃO PAULO, na qual se destacava o talento que tinha em tocar instrumentos musicais, algo que aprendeu de seu pai, que foi seu principal incentivador para que se tornasse coroinha na infância na Paróquia São Rafael.

Na missa em ação de graças por seu aniversário natalício realizada na Paróquia Santa Teresinha naquele ano, o Cônego falou sobre a vocação ao sacerdócio e o passar do tempo. “O que move minha vida é o Evangelho. A gente se torna na idade que eu tenho [82 anos] muito reflexivo”, disse.

O corpo do Cônego Laerte foi sepultado no Cemitério do Santíssimo Sacramento, no Sumaré, na tarde da quinta-feira. A missa de 7° dia de seu falecimento será presidida por Dom Jorge Pierozan, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, na quarta-feira, 3, às 20h, na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus (Avenida Guapira, 2.055, Jaçanã).

guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
Veja todos os comentários