Secretário-geral da CNBB apresenta na 60ª AG CNBB balanço do Fundo Nacional da Solidariedade

“Com muito pouco, mas com seriedade, é possível fazer muito”, afirmou o bispo-auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Joel Portella Amado, na Coletiva de Imprensa realizada no dia 24 de abril de 2024, durante a 60ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, em Aparecida.

O Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) foi criado, em 1998, na 36° Assembleia Geral da CNBB, visando tornar a Coleta Nacional da Solidariedade, realizada no Domingo de Ramos, um eficaz instrumento de solidariedade e gesto concreto dos cristãos, que assumem o compromisso social e apoiam as iniciativas de enfrentamento das condições de pobreza e miséria. Os recursos arrecadados constituem o FNS, formado por 40% da coleta, e o Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS), que é formado por 60% da coleta que permanece na diocese de origem.

Segundo o secretário-geral da CNBB, a experiência do FNS é muito conhecida como um gesto concreto de solidariedade e fraternidade, não de uma ou outra comunidade isolada, mas de todo o Brasil.

Afinal, segundo dom Joel, é preciso sempre se perguntar: “o que vc vai fazer agora com tudo que percebeu na Campanha de Fraternidade? As reflexões geradas na Campanha da Fraternidade devem levar a ações práticas”.

Os objetivos dos Fundos de Solidariedade é que promovam a fraternidade entre as diversas regiões do Brasil e promovam a erradicação de vulnerabilidade e risco social ao atenderem projetos com dificuldade de obterem financiamento.

O Fundo apoia projetos ligados ao tema da Campanha da Fraternidade do ano em curso que são organizados em três grandes eixos: assistencial ou emergencial, promocional (cursos profissionalizantes) e conscientizador dos direitos em vista do enfrentamento estrutural das causas da pobreza.

Uma das grandes finalidades do fundo, informou dom Joel, é, além de estimular a colaboração local, ajudar aquelas situações em que a solidariedade local não é suficiente, em razão do estado mais agudo de pobreza. “É uma forma de mostrar que a Campanha da Fraternidade não pode ficar apenas em palavras e reflexões, que são importantes, mas deve, acima de tudo, ter consequências práticas”, reforça dom Joel.

Os resultados do Fundo de Solidariedade 2022

Dom Joel reforçou que o Fundo Nacional de Solidariedade, em 2022, arrecadou R$4.987.966,49 e é administrado diretamente pela CNBB, através de um Conselho Gestor, com a ajuda do Departamento Social da Conferência. Em 2022, foram recebidos 541 projetos. Destes, 344 foram analisados e 188 foram aprovados, com uma média de R$26.817,00 por projeto.

Para aprovação do projeto são analisadas exigências técnicas, éticas e a capacidade de cumprir com lisura do processo e as exigências dos órgãos governamentais. Os projetos precisam ter a chancela e a indicação do bispo diocesano local. Os valores arrecadados em 2023 ainda estão sendo enviados à CNBB pelas dioceses.

Edital 2023

O cadastro de projetos para o Edital de 2023 pode ser feito no sistema até dia 11 de setembro de 2023.
Para saber mais sobre o edital e o cronograma, acesse: fns.cnbb.org.br

Fonte: CNBB

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