‘A vida cristã bem vivida é um dom para o próximo e para a sociedade’

(Foto: Bruno Melo)

Na missa deste sábado, 24, na capela de sua residência, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, destacou que a adesão ao Evangelho deve produzir frutos na vida do cristão.

Na Eucarisita, transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese, comemorou-se a memória de Santo Antônio Maria Claret, Bispo e missionário.  

Nascido em 1807, em Sallent, na Espanha, Antônio Claret foi ordenado sacerdote e percorreu a Catalunha pregando ao povo durante vários anos. Fundou a Congregação dos Missionários Filhos do Coração Imaculado de Maria (Claretianos). Foi nomeado Bispo para a ilha de Cuba, onde realizou um grande trabalho de evangelização. Depois de regressar à Espanha, ainda realizou muitos trabalhos em favor da Igreja. Morreu em Fontfroide, na França, em 1870.

FRUTOS DA FIGUEIRA

No Evangelho do dia (Lc 13,1-9), Jesus conta a parábola da figueira que não produzia frutos e foi ameaçada de ser cortada. O vinhateiro, no entanto, intercede ao seu senhor para que espere mais um tempo, pois irá cavar em volta dela e colocar adubo.

“Ser cristão é uma grande graça, mas também é uma responsabilidade corresponder a esse dom. Por isso, Deus espera que produzamos frutos”, afirmou Dom Odilo, na homilia, indicando os frutos da fé, esperança e caridade, do Evangelho, do conhecimento de Jesus Cristo e da salvação, da vida cristã virtuosa.

Em seguida, o Cardeal destacou que esse trecho do Evangelho sempre questiona a todos: “Como cristãos, produzimos frutos? Nossa vida cristã é frutífera para a glória de Deus?”

“A vida cristã bem vivida é um dom para o próximo e para a sociedade… Não somos chamados para sermos cristãos somente dentro da Igreja, mas ‘em saída’, para o meio do mundo, aos ambientes de vida e de trabalho, dando sinais da fé, produzindo os frutos da vida segundo o Evangelho”, enfatizou o Arcebispo.

MATURIDADE DA FÉ

Na primeira leitura (Ef 4,7-16), São Paulo exorta os fiéis a crescerem na perfeição e chegarem todos juntos “à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao estado do homem perfeito e à estatura de Cristo em sua plenitude”.

“Assim, não seremos mais crianças ao sabor das ondas, arrastados por todo vento de doutrina, ludibriados pelos homens e induzidos por sua astúcia ao erro”, completa o Apóstolo.

Ao comentar esse texto, Dom Odilo salientou que receber o Evangelho e a fé pelo Batismo não é suficiente. “É um grande dom que nos é dado para crescer, produzir frutos e chegar à maturidade da fé e, assim, não sermos levados por ‘todo vento de doutrina’”, completou.

O Cardeal acrescentou, ainda, que, atualmente, vive-se vive um tempo no qual a fragilidade da fé faz com que as pessoas mudem de religião com facilidade, escandalizem-se por qualquer coisa, ofendem o Papa, associam-se mais à ideologia de um partido do que à fé da Igreja.

“Está na hora de ficar mais maduro da fé e ficar firme na sua essência e não na periferia de discussões, muitas vezes, de pessoas que nem são da Igreja e, portanto, não estão interessadas na fé”, concluiu.

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