‘Alimentemo-nos todos os dias de Cristo, para termos com ele e nele a vida eterna’

(Foto: Bruno Melo/arquivo)

Na missa desta terça-feira, 20, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, meditou sobre o “pão da vida”, Jesus Cristo, e sobre o testemunho de Estêvão, primeiro mártir cristão.

A Eucaristia, celebrada na capela da residência arquiepiscopal, foi transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese. 

A primeira leitura (At 7,51-8,1a) narra o apedrejamento de Santo Estêvão, que como destacou Dom Odilo, na homilia, “testemunhou Jesus Cristo com coragem, não teve medo de dizer aquilo que aconteceu, palavras que eram duras, que não queriam ouvir, mas eram a pura verdade”.

O Cardeal ressaltou, ainda, que a morte cruel de Estêvão tem alguns aspectos semelhantes com a morte de Cristo, por exemplo, enquanto é apedrejado, o mártir usa palavras semelhantes às ditas por Jesus na cruz: “Senhor Jesus, acolhe o meu espírito”. Também, assim como o Mestre, Estêvão intercede por seus algozes: “Senhor, não os condenes por este pecado”.

O Arcebispo sublinhou que esse paralelismo mostram o quando o protomártir era considerado um verdadeiro discípulo de Cristo, que imitou o Senhor na vida e na morte.

Pão da vida

O Evangelho (Jo 6,30-35) destaca o discurso de Jesus sobre o “pão da vida”. Quando a multidão começa a pedir que Cristo realize mais milagres como fez com a multiplicação dos pães, ele afirma: “Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. Pois, o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”.

Quando, então, o povo pede que lhes dê esse pão, o Senhor responde: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”.

“Claro, Jesus não está falando do pão da mesa, de cada dia, está falando simbolicamente da importância do significado dele para a vida das pessoas e para a vida do mundo. Tão e até mais importante que o pão cotidiano, é esse pão do céu, Jesus Cristo, que deve ser acolhido, seguido, cuja Palavra deve ser ouvida e levada a sério. Portanto, nutre para a vida eterna e mata toda a fome”, explicou Dom Odilo.

Referindo-se à Eucaristia, o Cardeal recordou que este é o sacramento de Jesus, o verdadeiro pão que sacia a fome e a sede de vida eterna. “Alimentemo-nos todos os dias de Cristo, para termos com ele e nele a vida eterna”, exortou o Arcebispo, recordando que toda vez que é celebrada a Eucaristia é feita a memória do sacrifício de Jesus na cruz e de sua doação pela humanidade, também  se recorda que ele é o alimento da vida eterna.

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