Autoridades civis e religiosas repudiam atentado na França

Muitos expressaram preocupação em como oferecer segurança e manter a liberdade de culto na sociedade francesa

Católicos realizam vigília de oração em frente à Basílica de Notre-Dame na França, alvo de atentados terroristas nesta quinta-feira, 29 (Foto: Diocese de Nice)

Os franceses foram surpreendidos na manhã desta quinta-feira, 29, com o assassinato de três pessoas que rezavam na Basílica de Notre-Dame, em Nice, no sul do país, a 930 quilômetros de Paris.

Um homem armado com um faca foi o responsável pelos ataques e chegou a ser baleado e preso pela Polícia municipal. Autoridades locais confirmaram que, momentos antes da prisão, o responsável pelas mortes gritava “Allahu Akbar”, frase em árabe que significa “Allá (Deus) é maior”. 

Segundo o jornal francês Le Figaro, uma das vítimas – uma mulher idosa – foi encontrada quase decapitada no interior da basílica. Também um homem, identificado como o sacristão da igreja, foi achado morto dentro do templo. E, por fim, a terceira vítima, uma mulher, refugiou-se em um café nas redondezas após o ataque, porém morreu em decorrência dos sofrimentos a faca que sofrera.

Reação das autoridades religiosas

O Bispo de Nice, Dom André Marceau, disse que todas as igrejas da diocese foram fechadas e permanecerão sob proteção policial até segunda ordem.

“Minha tristeza é infinita como ser humano em face do que outros seres, também chamados humanos, são capazes de fazer”, disse em um comunicado o Bispo, que classificou o episódio como um “ato terrorista hediondo”.

“Possa o espírito do perdão prevalecer diante destes atos bárbaros”, completou.

O Cardeal guineense Robert Sarah, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, também respondeu às notícias a respeito do ataque na basílica e escreveu em seu Twitter: “O Islamismo é um fanatismo monstruoso que precisa ser combatido com força e determinação. Infelizmente nós, africanos, sabemos disso muito bem. Os bárbaros são sempre os inimigos da paz. O Ocidente, hoje a França, precisa entender isso”, afirmou.

Mohammed Moussaoui, presidente do Conselho Francês da Fé Islâmica, condenou o ataque terrorista e pediu aos muçulmanos franceses que cancelassem as festividades referentes à celebração do aniversário do profeta Maomé, “como sinal de luto e solidariedade para com as vítimas [do ataque] e seus familiares”.

Manifestação do governo

Logo após o ataque, o presidente francês, Emmanuel Macron, esteve na cidade de Nice e conversou com a imprensa.

“Quero expressar aqui, em primeiro lugar, o apoio de toda a nação aos católicos, da França e de todos os lugares. Depois do assassinato do Padre Hamel, em agosto de 2016, mais uma vez os católicos são atacados em nosso país”.

Posteriormente, em seu Twitter, ele reforçou o que dissera aos jornalistas: “Católicos, vocês têm o apoio da nação inteira. Nosso país são nossos valores, nos quais todos podem acreditar ou não acreditar, de que toda religião pode ser praticada. Nossa determinação é absoluta. Providências serão tomadas a fim de proteger todos os nossos cidadãos”, concluiu.

Fonte: CNA – Catholic News Agency

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