Bispos denunciam violência na Etiópia

Prelados da Eritreia pediram um cessar-fogo imediato e o começo de negociações entre as partes beligerantes no território etíope

Mais de 40 mil refugiados entraram no Sudão e as estradas de Tigré estão lotadas de pessoas que fogem dos combates (Foto: Vatican Media)

Os Bispos da Eritreia exprimiram tristeza em face do conflito em curso na Etiópia, país vizinho, principalmente por causa dos efeitos negativos da guerra, como as perdas em vidas humanas, os deslocamentos de populações inteiras e a destruição do país.

Em um declaração para a Agência Fides, em 24 de novembro, os Prelados da Eritreia pediram um cessar-fogo imediato e o começo de negociações entre as partes beligerantes na Etiópia. 

“A guerra é contra a vida e contra o desenvolvimento. Ela mata, mutila, destrói, tira de pessoas de suas casas e semeia queixas duráveis e ódio entre os povos”, afirmaram os Bispos.

Referindo-se ao conflito entre o governo federal em Adis Abeba, capital da Etiópia, e as autoridades regionais da região do Tigré, norte do país, os Prelados acrescentaram: “Como chefes espirituais e pastores do povo de Deus e como cidadãos, exprimimos nossa tristeza diante da guerra fraternal que recentemente se desencadeou em nosso país vizinho, a Etiópia”.

Os Bispos advertiram que a guerra em curso dará uma péssima imagem do país ao resto do mundo.

A nação de Tigré, encravada no norte da Etiópia, que faz fronteira com a Eritreia e o Sudão, é uma região autônoma da Etiópia, que começou a sofrer ataques militares do governo central em 4 de novembro. A ofensiva teria sido uma resposta a um ataque na maior base militar do governo central na região, perpetrado por forças leais ao governo local.

O conflito já matou centenas de pessoas e expulsou de casa centenas de outras que fugiram do país. Mais de 40 mil refugiados entraram no Sudão e as estradas de Tigré estão lotadas de pessoas que fogem dos combates.

As forças locais afirmaram que continuarão o combate, mesmo depois do ultimato de 72 horas dado pelo governo federal para que Tigré se renda.

Fontes: Agência Fides/ ACI Africa

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