Estação de trem em São Paulo recebe lixo eletrônico

Projeto visa conscientizar sobre descarte correto. Os equipamentos recolhidos serão reciclados e depois serão doados para alunos de escolas públicas

Quem está guardando um rádio quebrado em casa, ou aquele celular antigo que já não funciona mais, agora tem um lugar para descartá-los com segurança: a Estação Brás, em São Paulo, tem um container instalado na área livre da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para descarte de lixo eletrônico.

O container fica disponível para receber, até o dia 30 deste mês, produtos elétricos e eletrônicos de pequeno e médio porte que estejam quebrados, danificados ou sem utilidade, além de pilhas descarregadas. Também podem ser descartados equipamentos como ferramentas elétricas, torradeiras, batedeiras, secadores de cabelo, câmeras fotográficas, celulares, impressoras e computadores, entre outros. Os equipamentos contêm plástico, vidro e metal e outros tipos de material, que podem ser reciclados e precisam ser descartados adequadamente.

A ação faz parte de uma série de eventos para marcar a passagem do Dia Mundial da Limpeza, neste sábado, 19, e é uma parceria da Secretaria dos Transportes Metropolitanos com o Instituto Limpa Brasil, uma organização sem fins lucrativos que busca conscientizar a população para a necessidade de preservar o meio ambiente, e a Green Eletron, empresa que procura alternativas para coleta e tratamento adequado dos eletroeletrônicos em seu fim de vida e cumprimento da Lei 12.305/10 PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Os equipamentos podem ser convertidos em matéria-prima para a indústria ou reutilizados em outras atividades. Dessa forma, o material deixa de ser “lixo” e passa a ser “resíduo eletrônico”, e assim diminui-se o impacto no meio ambiente.

“Os equipamentos recolhidos serão reciclados através da Green Eletron e depois serão doados para alunos de escolas públicas. A continuidade da coleta irá aumentar o número de materiais para que sejam recondicionados”, disse a coordenadora do Instituto Limpa Brasil, Edilaine Pereira.

O Brasil produziu 2,1 milhões de toneladas de resíduo eletrônico em 2019, ficando no quinto lugar do ranking mundial de produção, e em primeiro no cenário latino-americano, segundo dados do relatório The Global E-Waste Monitor, feito pela Universidade das Nações Unidas, em parceria com diversos órgãos internacionais. Não há dados atualizados sobre o montante reciclado, mas estima-se que seja menos de 3%.

Segundo o secretário interino dos Transportes Metropolitanos, Paulo Galli, o ponto de coleta é um incentivo para a reciclagem. “Acreditamos que um ponto de coleta de resíduos eletrônicos na Estação Brás, uma das mais movimentadas do sistema metroferroviário, é um forte incentivo ao descarte correto de equipamentos. Ao apoiar essa ação, queremos ajudar a levar a mensagem de conscientização a todos os brasileiros de São Paulo.” 

Dia Mundial da Limpeza

Por causa da pandemia de covid-19, a mobilização mundial vai trabalhar este ano com o conceito “Eu Cuido do Meu Quadrado”. A proposta é que os voluntários realizem ações práticas dentro de casa, como limpezas ambientais, digitais, solidárias e mentais, e ainda acompanhem lives sobre diversos temas. Mais informações em https://www.diamundialdalimpeza.com.br/

As principais orientações neste ano são para que os voluntários mobilizem seus amigos, vizinhos e parentes a praticar, de dentro de casa, as atividades propostas para o Dia Mundial da Limpeza, de modo que, após o evento, os novos hábitos sejam incorporados ao dia a dia.

(Com informações de Agência Brasil)

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