‘Jesus é o templo de Deus vivo no meio da humanidade’

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu, na capela de sua residência, a missa desta segunda-feira, 9, Festa da Dedicação da Basílica do Latrão. A Eucaristia foi transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

Catedral da Diocese e de Roma, a Basílica de São João do Latrão foi construída no ano 313 pelo imperador Constantino e é considerada a mãe de todas as igrejas. Segundo uma tradição, essa festa já era celebrada no século XII. Mais tarde, estendeu-se à toda a Igreja Católica de Rito Romano, como sinal de unidade para com a Cátedra de Pedro que, como escreveu Santo Inácio de Antioquia, “preside a assembleia universal da caridade”.

“Celebrando a dedicação da Basílica do Latrão, recordamos nossa unidade com o Papa, pastor universal da Igreja e mestre na moral, aquele que deve confirmar os irmãos na fé”, afirmou dom Odilo, no início da celebração, ressaltando que na catedral está a cátedra, lugar de onde o mestre ensina a todo o povo. Nesse sentido, o Arcebispo reforçou o pedido de orações pelo Pontífice e seu ministério.

Casa da família de Deus

Na homilia, o Cardeal sublinhou que as leituras dessa festa chamam a atenção para o significado do templo, lugar da habitação de Deus no meio do seu povo e, ao mesmo tempo, é a casa da Igreja, a família de Deus”.

Na primeira leitura (Ez 47,1-2.8-9.12) o profeta Ezequiel descreve a imagem das águas que saem do templo e correm levando vida por onde passam. “Essa imagem simboliza a presença de Deus que enche de vida o seu povo. Por isso, acorremos ao templo para saciar nossa sede de Deus”, afirmou Dom Odilo.

O Arcebispo destacou, ainda, que não se pode conceber uma cidade sem um templo, sem um sinal da presença divina, que confirme que Deus é um bem para todos os seus habitantes.

Imagem de Cristo

O Evangelho (Jo 2,13-22) narra a expulsão dos vendilhões do templo por Jesus, que diz: “Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!”.

O Cardeal enfatizou que esse texto chama a atenção para o desvirtuamento do templo e da religião, quando se tornam instituições que visam apenas o lucro e a satisfação de interesses particulares.

O texto narra, ainda, que Jesus afirma que destruíra o templo e o redarguirá em três dias. Os judeus, no entanto, não compreenderam que ele estava falando do templo de seu corpo. “Jesus é o templo de Deus vivo no meio da humanidade. Os templos são, portanto, imagens de Cristo no meio de nós”, disse Dom Odilo,

Por fim, o Arcebispo acrescentou que, cada cristão, como membro do corpo de Cristo devem ser como pedras vivas do templo do Senhor. “Que a nossa vida seja digna dessa grande graça que Deus nos dá”, concluiu.

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