‘Não tenhamos medo de sempre pedir perdão a Deus’

Afirmou o Cardeal Scherer, no programa ‘Diálogos de Fé’, apresentado no domingo, 13, na rádio 9 de Julho e nas mídias sociais da Arquidiocese

Reprodução da Internet

A temática do perdão, destacada na liturgia do 24o Domingo do Tempo Comum, foi um dos assuntos centrais tratados pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, no programa “Diálogos de Fé”, no domingo, 13, transmitido pela rádio 9 de Julho (AM 1.600 kHz) e pelas mídias sociais da Arquidiocese.

Inicialmente, o Arcebispo recomendou aos fiéis que retomem a participação presencial nas missas, exceto os que pertencem aos grupos de risco para a COVID-19 ou que estejam com baixa imunidade. Ele lembrou que as igrejas estão seguindo todos os protocolos para evitar a proliferação do vírus, tais como a disponibilização de álcool em gel, a demarcação de lugares para a manutenção do isolamento social e o acesso controlado dos fiéis, com a medição da temperatura corporal e o uso obrigatório de máscara.

Compromisso cristão com o perdão

Ao falar sobre o perdão, Dom Odilo recordou que perdoar é um compromisso de todo cristão, na medida em que é sempre perdoado por Deus e que se deve perdoar sinceramente e se evitar a promoção de uma cultura de ódio, vingança e ressentimento.

Questionado pelo internauta Juliano Panza sobre a necessidade recorrente dos fiéis ao sacramento da Penitência, Dom Odilo lembrou que, após o arrependimento sincero, é preciso corrigir as atitudes para não mais pecar, mas, se for preciso se confessar novamente, isso deve ser feito.

“Não tenhamos medo de sempre pedir perdão a Deus. Lembro-me de uma palavra que o Papa Francisco falou no início do Ano Santo da Misericórdia: ‘Deus é generoso no perdão e está sempre pronto para nos perdoar, nós que achamos que pecamos demais e que já chega de pedir perdão’”.

Respondendo a um questionamento da internauta Leonita da Silva, Dom Odilo também falou sobre a importância de que cada pessoa tenha a capacidade de se perdoar, ou seja, que não carregue para a vida toda ressentimentos a respeito de questões sobre as quais já se confessou. “Se entregamos a situação a Deus, não podemos dizer a Ele ‘me dê de volta, quero voltar a carregar esse sentimento de culpa’.”

Onde ir à missa

A internauta Tatiana Cruz questionou se o ideal é o fiel frequentar a igreja em que esteja mais próximo territorialmente ou aquela à qual se sente afetivamente ligado.

O Arcebispo apontou que não há problema ir a uma paróquia com a qual há vínculos afetivos, mas ponderou que é preciso pertencer a uma comunidade paroquial. “Isso não tira a liberdade de poder assistir à celebração em outro lugar, mas recomendo que não se faça isso sempre, porque senão a pessoa acaba virando um ‘cristão católico turista’, que vai aonde gosta, mas não se sente parte de lugar algum.”  

Olhar para as desigualdades sociais

Dom Odilo foi ainda questionado se a Igreja não deve ser mais incisiva diante das situações de desigualdade social e econômica. Ele lembrou que há atenção permanente a essas realidades, mas que a Igreja não pode se esquecer de sua missão de celebrar bem a Eucaristia, anunciar a Palavra de Deus, promover a caridade e assistir os doentes, pois, do contrário, “viramos um sindicato, um partido político, e não é essa a missão da Igreja. A Igreja, porém, deve ser entendida como todo cristão, como todo povo de batizados, que está presente no mundo para fazer a sua parte e torná-lo melhor”.

CLIQUE E ASSISTA A ÍNTEGRA DO PROGRAMA DO DOMINGO, 13/09

(Colaborou: Flavio Rogério Lopes)

guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
Veja todos os comentários