O poder transformador da maternidade: nasce um filho e renasce uma mulher-mãe

O amor materno é semelhante ao amor de Deus: tudo suporta, perdoa e compreende

Daniella Alves Amarante, 25 anos, com seu primeiro filho, Rafael, aos 2 meses de vida – Arquivo pessoal

A maternidade é um grande dom e representa o milagre da vida! A mulher, ao gerar uma vida em seu ventre, passa por transformações, de modo que sua identidade e seu corpo nunca mais serão os mesmos. Terá em seus braços um ser pequeno e frágil, que sempre será seu, independentemente da idade e fase da vida.

O amor materno é semelhante ao amor de Deus: tudo suporta, perdoa e compreende.

‘TUDO GANHA NOVO SIGNIFICADO’

Daniella Alves Amarante, 25, é mãe do Rafael, 2 meses, seu primeiro filho. Ela conta que a maternidade transformou seu modo de ser e pensar a vida e mudou suas prioridades.

“Como mãe, doamos nosso corpo, nosso tempo, nosso amor, doamos tudo o que está ao nosso alcance para que os filhos se sintam bem e cresçam da melhor forma”, disse Daniella, destacando, ainda, que a maternidade é uma escola.

“Antes da chegada do Rafael, existia uma Daniella; hoje sou outra. Sou mãe, sou mulher, sou fortaleza! Tudo ganha um novo significado. A responsabilidade é maior, meu mundo gira em torno dele. Meus sonhos e planos já não são só meus, são meus e dele”, afirmou, destacando que se sente privilegiada em gerar uma nova vida.

‘MÃE DE FÉ’

Aparecida Luiza segura a afilhada Maria Isabel, 7 meses, durante o rito do Batismo – Arquivo pessoal

Aparecida Luiza Panhoca Castaldi, 36, é mãe da Cecília, 2, e madrinha da Maria Isabel, 7 meses.

Ela destaca que, como madrinha, pode “contribuir com a formação cristã, acompanhar cada passo da Maria Isabel, ser aquela que aponta o caminho da esperança, da confiança e dos ensinamentos de Jesus”.

“Todos os dias, como ‘mãe de fé’, tenho a oportunidade de ajudar minha afilhada a compreender que a caminhada pode ser difícil, mas o amor de Deus e sua misericórdia podem nos curar e transformar a nossa vida e a de quem passa por ela”, ressaltou Aparecida.

Ela contou que durante a pandemia, diante das medidas protetivas e de isolamento social, tem feito chamadas de vídeo para se manter próxima da afilhada.

‘2 ANJOS QUE DEUS ME DEU’

A palavra adoção vem do latim ad- -optare, isto é, “aceitar, escolher”. No português, adoção representa receber alguém legalmente como filho. Expressa um vínculo que vai além dos laços sanguíneos.

Marta Brancher, 46, é mãe da Cecília, 11, e do Pedro, 8. “Sempre quis ter filhos; quando decidimos engravidar, não tivemos sucesso. A médica não achava um motivo, fizemos todos os exames e não havia uma explicação”, contou Marta.

Ela e o esposo optaram pela adoção tardia, aquela de crianças com mais de 3 anos. “O processo de adoção levou um ano. Não tínhamos regras na lista: podiam ser irmãos, não nos importava o sexo, a cor, poderiam ter doenças tratáveis”, disse.

“Para nossa alegria, quando nos chamaram, eram dois irmãos: a Cecília, com 4 anos, e o Pedro, com 1 ano e 8 meses. Quando os vi pela primeira vez, sabia que seriam nossos filhos”, disse emocionada.

“A chegada dos filhos transformou a minha vida, me fez uma mulher mais forte, determinada, resiliente e incapaz de viver sem esses dois anjos que Deus me deu”, afirmou, recordando, ainda, entre tantos, um momento de grande emoção: “O Pedro, em um de seus aniversários, pediu que o seu presente fosse levar comida para as crianças que ainda moram em um abrigo”, contou a mãe.

‘MÃES DO CORAÇÃO’

Em meio à pandemia, mães se uniram para amenizar o sofrimento de outras e de crianças em situação de vulnerabilidade social.

Ivelise Gianfaldoni, 59, é mãe da Joana e idealizadora do “Mães do Coração”, uma ação social voluntária e uma rede de solidariedade.

“O objetivo é ajudar mães e famílias carentes, por meio de doações, recolher e distribuir enxovais para bebês recém-nascidos, leite em pó, roupas e cestas básicas.”

Ivelise contou que, este ano, o projeto já distribuiu vários enxovais. “Entre as beneficiárias estão uma mãe de trigêmeos e outra de gêmeos, vida fecunda que vem para trazer alegria em meio a tantas dores.”

SANTAS E MÃES

Santa Mônica

Santa Mônica casou-se com Patrício. Teve uma vida muito difícil, mas suportou tudo em silêncio. Encontrava consolo na oração e pedia incessantemente pela conversão do esposo. Suas preces foram atendidas e, antes de morrer, Patrício se converteu.

Teve dois filhos, Agostinho e Navígio, e uma filha, Perpétua, que se tornou freira.

Agostinho foi o filho que trouxe mais preocupações, sofrimentos e lágrimas. Mônica sofria com as notícias das ações dele. Contudo, fiel e fervorosa, nunca desistiu de rezar e acreditar na conversão do filho. Suas incansáveis orações e lágrimas começaram a dar resultado. Agostinho converteu-se e recebeu o Batismo, tornou-se Bispo e Doutor da Igreja.

Santa Mônica é considerada a padroeira das mães cristãs.

SANTA JOANA BERETTA MOLLA

Santa Joana Beretta Molla

Joana nasceu em Magenta, na Itália. Formou-se médica cirurgiã, mas exerceu sua profissão em clínica geral, com o intuito de cuidar dos idosos abandonados e crianças carentes.

Em 1955, casou-se com Pedro Molla, com quem teve quatro filhos: Pedro Luiz, Maria Rita, Laura e Joana Emanuela. No início da quarta gravidez, descobriu um fibroma no útero e precisou escolher entre sua vida e a vida do bebê.

Pautada nos valores cristãos, escolheu o direito à vida. Decidiu, então, com o preço da sua, garantir a vida da filha.

Em 2004, São João Paulo II a proclamou santa, reconhecendo seu heroísmo final, sua fé e ensinamentos de uma vida pautada no seguimento de Cristo e na ajuda às pessoas necessitadas.

É considerada a padroeira das mães, dos médicos e das crianças por nascer.

SANTA RITA DE CÁSSIA

Santa Rita de Cássia

Rita nasceu na cidade de Cássia, na Itália. A pedido dos pais, casou-se com Paulo Ferdinando, que, a princípio, parecia ser um homem bom e responsável. Com o passar do tempo, revelou seu caráter rude, agressivo e violento. Ela suportou tudo com amor e oração. Rezava incessantemente pela conversão do marido, graça que já havia sido alcançada quando ele foi assassinado.

Dedicou-se, então, aos dois filhos. Na adolescência, eles descobriram o motivo da morte do pai e resolveram vingá-lo. A mãe tentou impedi-los. Suplicou a ajuda de Deus para livrá- -los da ideia de justiça, mas se isso não fosse possível, clamou a Deus que levasse seus filhos para junto Dele. Assim aconteceu: em menos de um ano, os dois filhos de Rita morreram, sem concretizar a vingança. Posteriormente, ela se tornou religiosa e viveu profundamente em oração, penitência e humildade.

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