‘Ouçamos o Espírito de Deus, que sempre nos convida à conversão’

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa desta segunda-feira, 16, na capela de sua residência, transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

Nesta data, a Igreja celebra as memórias litúrgicas de Santa Margarida da Escócia e Santa Gertrudes.

Margarida nasceu na Hungria por volta de 1046. Foi dada em matrimônio a Malcom III, rei da Escócia e teve oito filhos. Foi exemplo admirável de mãe e de rainha. Morreu em Edimburgo no ano 1093.

Nascida em Eisleben (Turíngia), na Alemanha, em 1256, Gertrudes era ainda muito jovem quando foi acolhida no mosteiro cisterciense de Helfta, onde se dedicou ao estudo, especialmente à literatura e da Filosofia. Mais tarde, consagrou-se exclusivamente a Deus e progrediu de modo admirável no caminho da perfeição, levando uma vida extraordinária de oração e contemplação. Morreu a 17 de novembro de 1301.

“Pela intercessão dessas santas, peçamos por todas as mulheres que têm um importante papel na Igreja e na sociedade”, disse Dom Odilo, no início da celebração.

Fé e primeiro amor

Na homilia, o Cardeal meditou sobre o trecho do Evangelho que narra a cura do cego de Jericó (Lc 18,35-43), que clamava com fé e insistência: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!”  e, uma vez recuperada a visão, tornou-se seu discípulo. “Mais uma vez, Deus escuta o grito daqueles que clamam por ele dia e noite sem cessar”, afirmou o Arcebispo.

A primeira leitura, do início do livro do Apocalipse de São João (Ap 1,1-4;2,1-5), destaca a chamada às sete igrejas da Ásia Menor, a começar pela comunidade de Éfeso, para a qual o apóstolo faz um elogio seguido de uma repreensão:

“És perseverante. Sofreste por causa do meu nome e não desanimaste. Todavia, há uma coisa que eu reprovo: abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te de onde caíste! Converte-te e volta à tua prática inicial”.

Ao comentar esse trecho, Dom Odilo enfatizou que o Espírito de Deus continua a conduzir a Igreja e a convida constantemente à conversão. “Essa advertência é feita a todos nós, quando perdemos o fervor inicial da fé, da prática cristã. Vale à pena ouvir o Espírito diz a nós hoje”, sublinhou o Cardeal, concluindo: “Que Deus nos dê esta graça para que possamos nos converter”.

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