Papa recorda dez anos de guerra na Síria

‘Rezemos ao Senhor para que tanto sofrimento na amada e martirizada Síria não seja esquecido, e para que nossa solidariedade reanime a esperança’

Cidade de Damasco, na Síria (foto: Vatican Media/Arquivo)

“Há dez anos iniciava o sangrento conflito na Síria, que causou uma das mais graves catástrofes humanitárias do nosso tempo”, disse o Papa Francisco, após a oração do Angelus do domingo, 14. “Um número impreciso de mortos e feridos, milhões de refugiados, milhares de desaparecidos, destruição, violência de todo tipo e grande sofrimento para toda a população.”

A guerra na Síria começou em março de 2011, quando uma série de protestos pró-democracia ganhou força no mundo árabe. O governo sírio usou a violência para conter os manifestantes. A violência aumentou e se transformou em guerra civil, até a entrada de outros países que enviaram dinheiro e armas para os conflitos.

Entre os envolvidos estão Rússia, Turquia, Estados Unidos, Irã, Afeganistão, Iêmen, Líbano, Reino Unido, França, Arábia Saudita, Qatar e Israel. Tudo isso se somou ao combate de grupos terroristas com o autointitulado “Estado Islâmico” e a Al-Qaeda.

De acordo com o Observatório de Direitos Humanos da Síria, que fica no Reino Unido, mais de 387 mil pessoas foram mortas, sendo quase metade civis. Mais de 200 mil estão desaparecidas.

De forma especial, sofrem “os mais vulneráveis, como as crianças, as mulheres e as pessoas idosas”, acrescentou o Santo Padre, que renovou seu apelo de paz na Síria. O Papa pediu que todas as partes envolvidas no complexo conflito possam deixar de lado as armas e reconstruir o tecido social.

“Rezemos ao Senhor para que tanto sofrimento na amada e martirizada Síria não seja esquecido, e para que nossa solidariedade reanime a esperança”, pediu Francisco.

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