Sub-Regional São Paulo realiza 1ª Assembleia Ampliada das Equipes Pastorais

Compõem este Sub-Regional a Arquidiocese de São Paulo e as Dioceses de Santo Amaro, Campo Limpo, Santo André, São Miguel Paulista, Guarulhos, Osasco, Santos e Mogi das Cruzes. 

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A encíclica Fratelli tutti, do Papa Francisco, e a realização da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) 2021, com o tema “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor” foram temas de destaque da 1ª Assembleia Ampliada das Equipes Pastorais Sub-Regional São Paulo do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada de modo on-line, no sábado, 27 de fevereiro.

Compõem este Sub-Regional a Arquidiocese de São Paulo e as Dioceses de Santo Amaro, Campo Limpo, Santo André, São Miguel Paulista, Guarulhos, Osasco, Santos e Mogi das Cruzes. 

O encontro, com duração de duas horas, contou com as presenças de bispos, padres coordenadores diocesanos de pastorais e leigos coordenadores do Sub-Regional São Paulo.

O Presidente do Sub-Regional São Paulo e Bispo de Osasco, Dom João Bosco; o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer; e o secretário do Sub-Regional São Paulo, Padre Joaquim Camargo, da Diocese de Santo Amaro, acolheram os participantes com a oração inicial e fizeram uma breve introdução sobre a importância e a relação entre os dois temas que foram apresentados pelo Secretário-Executivo de Campanhas da CNBB, o Padre Patriky Samuel Batista.

Fratelli Tutti

Inicialmente, Padre Patriky fez uma breve introdução sobre o significado de uma encíclica: “documento por meio do qual o papa reflete sobre um tema de interesse geral. Seu conteúdo está relacionado à Doutrina Social da Igreja ou então aos problemas que afetam o conjunto da sociedade na atualidade.”

Ele explicou que a Fratelli tutti é composta por oito capítulos e nela o Papa Francisco exorta os cristãos a colocar em ação o método ver, julgar e agir.

Nos dois primeiros capítulos – “As sombras de um mundo fechado” e “Um estranho no caminho” – destacam-se o olhar sobre “a pobreza, a violência e o egoísmo que produzem sequelas humanas, sociais e ambientais, gerando medo, desconfiança e insegurança. É preciso pensar em outro rumo para o mundo: “Deus continua a espalhar as sementes do bem na humanidade e a esperança é ousada. Sabe olhar para além das comodidades pessoais, das pequenas seguranças e compensações que reduzem o horizonte…” Capítulo 1 (Luzes 54-55) e “a inclusão ou exclusão que sofre na margem da estrada define todos os projetos  econômicos, políticos, sociais e religioso”, Capítulo 2 (69).

Os capítulos 3, 4 e 5 – “Pensar em gerar um mundo aberto”, “Um coração aberto ao mundo inteiro” e “A política melhor” – abordam pontos como “reconhecer, amar e valorizar todas as pessoas independentemente da sua proximidade física”, “para realizar a fraternidade a partir de povos e nações é necessário que a política seja colocada a serviço do verdadeiro bem comum” e “com uma política a serviço da caridade e da fraternidade” (176ss), “na política, há lugar também para amar com ternura” (194).

O capítulo 6 “Diálogo e amizade social” ressalta que o “diálogo perseverante e corajoso não faz notícia como as desavenças e os conflitos; e contudo, de forma discreta mas muitos mais do que possamos notar, ajuda o mundo a viver melhor” (198).

O capítulo 7 “Percursos de um novo encontro” exalta a identidade e contribuição cristã por meio de cinco pontos: recomeçar a partir da verdade, comunhão universal, violência não vem de Deus, perdão e reconciliação, memória e esquecimento.

Por fim, o capítulo 8 “As religiões a serviço da fraternidade no mundo”, com destaque para o Documento sobre a Fraternidade Humana em prol da paz mundial e da convivência comum (Abu Dhabi, 4 de fevereiro de 2019).

Campanha da Fraternidade Ecumênica

Padre Patriky lembrou que a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021 tem uma forte ligação com a proposta da encíclica Fratelli tutti, uma vez que por seu tema  – “Fraternidade e Diálogo: Compromisso de Amor” – e lema – “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade” (Ef. 2.14) – que convida os cristãos, de modo ecumênico, a atuarem nas denúncias das violências, encorajar a justiça para restauração da dignidade das pessoas, promover a conversão para a cultura do amor e paz e, por meio do diálogo, fortalecer e celebrar a convivência ecumênica e inter-religiosa.

Entre os objetivos específicos estão a contribuição para superar as desigualdades, animar o engajamento em ações concretas de amor ao próximo, promover a conversão para a cultura do amor, como forma de superar a cultura do ódio; fortalecer a convivência ecumênica e inter-religiosa; estimular à convivência fraterna como experiências humanas irrenunciáveis, em meio a crenças, ideologias e concepções, em um mundo cada vez mais plural.

“A ponte que conduz ao diálogo é sustentada por duas colunas: comunicação não violenta e amor como Cristo nos ensina”, sintetizou o Padre Patricky. “O diálogo e a convivência fraterna é o nosso melhor testemunho”, concluiu.

(Com informações da Diocese de Santo André)

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