Papa Francisco: ‘A oração é o nosso coração, quem não ama, faz de conta que reza’

“A oração de intercessão” foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral, desta quarta-feira, 16, realizada na Biblioteca do Palácio Apostólico.  

“Quem reza nunca deixa o mundo para trás. Se a oração não recolhe as alegrias e tristezas, as esperanças e angústias da humanidade, torna-se uma atividade “decorativa”, um comportamento superficial, um teatro, um comportamento intimista”, disse o Pontífice.

Segundo o Papa: “todos precisamos de interioridade: de nos retirarmos para um espaço e um tempo dedicados ao nosso relacionamento com Deus. Mas isto não significa fugir da realidade. Na oração, Deus nos toma, nos abençoa, e depois nos reparte e nos oferece, pela fome de todos. Todo cristão é chamado a tornar-se, nas mãos de Deus, pão repartido e partilhado. Uma oração concreta, que não seja uma fuga”.

A oração é o nosso coração

“Assim, homens e mulheres de oração procuram a solidão e o silêncio, não para não serem incomodados, mas para ouvir melhor a voz de Deus. Por vezes retiram-se do mundo, na intimidade do seu quarto, como o próprio Jesus recomenda, mas onde quer que estejam, mantêm sempre a porta do seu coração bem aberta”, disse o Papa.

“Qualquer pessoa pode bater à porta de um orante e encontrar nele ou nela um coração compassivo, que reza sem excluir ninguém. A oração é o nosso coração, e a nossa voz se torna coração e voz de muitas pessoas que não sabem rezar, não rezam, não querem rezar, ou estão impossibilitadas de rezar. Somos o coração e a voz dessas pessoas que sobe a Jesus, e sobe ao Pai, como intercessores. Na solidão nos separamos de tudo e de todos para encontrar tudo e todos em Deus”, continuou o Santo Padre.

Segundo Francisco, desta forma “o orante reza pelo mundo inteiro, carregando sobre os ombros as suas dores e os seus pecados”.

Somos todos folhas da mesma árvore

Segundo o Papa, quando uma pessoa movida “pelo Espírito Santo, reza pelos pecadores, não faz seleções, não emite juízos de condenação: reza por todos. E também reza por si. A lição da parábola do fariseu e do publicano é sempre viva e relevante: não somos melhores do que qualquer outra pessoa, somos todos irmãos numa afinidade de fragilidade, de sofrimento e de pecado. O fariseu rezava de uma forma soberba: “Eu te agradeço senhor por que não sou como eles”. Isso não é oração. É olhar-se no espelho. Olhar-se no espelho mascarado pela soberbia”.

O Papa concluiu, dizendo que “somos todos folhas da mesma árvore: cada desprendimento nos lembra a grande piedade que devemos nutrir, na oração, uns pelos outros. Rezemos uns pelos outros, fará bem a nós e a todos”.

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Daniel Pedro Veloso Ferreira
Daniel Pedro Veloso Ferreira
7 meses atrás

Papa Francisco eu queria pedir a oração para minha irmã nome dela é Jessica Cristina da Silva