CF 2022: recursos para confecção e distribuição de envelopes serão revertidos em ações sociais

Diculgação CNBB

Os tradicionais envelopes para as doações da Campanha da Fraternidade não serão mais usados pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Desde 2019 o valor destinado para a confecção e distribuição do material impresso tem sido reduzido e direcionado para ações sociais.

Na organização da Campanha da Fraternidade 2022, a opção foi não fazer os envelopes e destinar os custos de sua produção para os projetos apoiados pelo Fundo Nacional de Solidariedade (FNS), o qual reúne a porcentagem das doações da Coleta Nacional da Solidariedade sob a responsabilidade da CNBB.

A última vez que foram produzidos os envelopes, foram investidos mais de 330 mil reais na confecção e distribuição para todo o Brasil. Considerando a média de recursos investidos nos projetos do FNS, o valor seria suficiente para apoiar de 8 a 16 projetos sociais. O secretário executivo de Campanhas da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, explica que o foco dos projetos foi a situação de fome. Em relação aos eixos definidos pelo FNS, são iniciativas de combate à vulnerabilidade social e insegurança alimentar.

Padre Patriky explica, no entanto, que as dioceses que desejarem fazer os envelopes, inclusive de forma personalizada, podem procurar as Edições CNBB.

Na encíclica Laudato Si’ – sobre o cuidado da casa comum, o Papa Francisco afirma ser “muito nobre assumir o dever de cuidar da criação com pequenas ações diárias”, e que “é maravilhoso que a educação seja capaz de motivar para elas até dar forma a um estilo de vida”.

A diminuição no uso do papel e a destinação para ações transformadoras, nesse sentido, relacionam o tema da Campanha da Fraternidade deste ano, com as reflexões do Papa Francisco apresentadas na Laudato Si’.

“A educação na responsabilidade ambiental pode incentivar vários comportamentos que têm incidência direta e importante no cuidado do meio ambiente, tais como evitar o uso de plástico e papel, reduzir o consumo de água, diferenciar o lixo, cozinhar apenas aquilo que razoavelmente se poderá comer, tratar com desvelo os outros seres vivos, servir-se dos transportes públicos ou partilhar o mesmo veículo com várias pessoas, plantar árvores, apagar as luzes desnecessárias… Tudo isto faz parte duma criatividade generosa e dignificante, que põe a descoberto o melhor do ser humano”

Fonte: CNBB

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