Brasil conquista o bronze por equipes e termina a olimpíada com 4 medalhas no judô

Com vitórias sobre Cazaquistão, Sérvia e Itália, na luta decisiva, equipe conquista a 28ª medalha olímpica da modalidade

O judô brasileiro fez história em Paris 2024. A equipe venceu Cazaquistão, Sérvia e Itália, na luta decisiva, para conquistar o bronze nos Jogos Olímpicos, a quarta medalha dessa edição e a 28ª medalha olímpica da modalidade.

Rafael Macedo, Beatriz Souza e a própria Rafaela marcaram os pontos do Brasil, mas a Itália empatou em três a três. Coube então a Rafaela Silva, na luta extra, marcar o ponto decisivo que garantiu o Brasil no pódio com o placar de 4 a 3.

“Quando a gente estava fazendo a preparação, a gente viu o quanto todo mundo queria, o quanto essa medalha inédita era importante para o judô brasileiro, para o nosso legado. Tem gente que está na primeira Olimpíada, tem gente que está na última e a gente sabia o quão especial seria essa medalha. Então a gente ia jantar, ia almoçar e fazendo estratégia, quem pode cruzar com quem, “dá pra gente chegar nessa medalha”, então a gente acreditou até o final”, contou Rafaela.

O Brasil, um dos poucos países fortes em diversas categorias tanto no masculino, quanto no feminino, ainda não tinha essa medalha olímpica em seu cartel. E o fato de nomes como os medalhistas olímpicos Daniel Cargnin, Rafaela Silva, Ketleyn Quadros, Mayra Aguiar e Rafael Silva terem ficado sem medalhas na competição individual foram uma motivação a mais para todo o grupo.

Um dos pilares da equipe, Ketleyn Quadros, medalhista olímpica de bronze em Pequim 2008, que lutou na categoria até 70kg, uma acima da sua, fez questão de destacar que a medalha é a coroação de um trabalho dos últimos 20 anos e um prêmio para essa geração. Sem esquecer, é clara, daquelas que vieram antes.

“Tenho muito orgulho de fazer parte da história do judô brasileiro bem quando ele mudou para melhor. Agradeço a todas as mulheres que vieram antes de nós, quando era proibido até treinar, que plantaram a semente para que a gente pudesse colher agora”, disse.

“Eu amo o que eu faço, eu amo o judô. É uma lição de vida, uma filosofia, são quase 30 anos dedicados ao esporte. Nós temos a sorte de conviver com nossos ídolos, eles andam com a gente. Essa força nos transforma em um. Essa disputa por equipes é muito boa porque reúne a história, a garra de cada um. A gente vê a Bia saindo mancando ali da luta e dando tudo. A gente vê altos e baixos, um foi melhor numa rodada, o outro nem tanto, mas estamos juntos. Então, sair daqui com essa medalha é a realização de um sonho. A sensação que eu tenho é que depois da tempestade o sol brilha”, completou.

Dez atletas recebem a medalha em Paris. São eles: Larissa Pimenta (-57kg), Rafaela Silva (-57kg), Ketleyn Quadros (-70kg), Beatriz Souza (+70kg), Daniel Cargnin (-73kg), Willian Lima (-73kg), Rafael Macedo (-90kg), Guilherme Schimidt (-90kg), Leonardo Gonçalves (+90kg) e Rafael Silva (+90kg).

Fonte: COB

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