Brasil tem 4 ouros e medalhas inéditas em dia com mais pódios em Paris

O Brasil conquistou 11 medalhas nos Jogos Paralímpicos de Paris, apenas na segunda-feira, 2: foram 4 ouros, 4 pratas e 3 bronzes.

Gabrielzinho faturou o terceiro em Paris 2024

Dessa forma, o Brasil teve o seu dia com mais pódios em Paris. Foram 3 medalhas no dia 29, 10 medalhas no dia 30, outras 10 medalhas no dia 31, 4 no domingo, dia 1º, quando o Brasil foi ao pódio com os bronzes de Lídia Cruz e no revezamento 4×100 livre S14 (atletas com deficiência intelectual) na natação, teve a inédita prata no tiro com arco com Alexandre Galgani e o bronze com André Rocha, no lançamento de disco F52 (atletas que competem sentados), que foi a 400ª medalha do País na história dos Jogos Paralímpicos.

Com as conquistas da segunda-feira, 2, o Brasil soma 38 pódios, com 12 ouros, 8 pratas e 18 bronzes.

ATLETISMO

A paulista Beth Gomes conquistou o bicampeonato paralímpico no lançamento de disco. Em Tóquio, ela foi campeã na classe F52. Agora, na F53. (ambas para atletas que competem sentados). Ela venceu a prova com a marca de 17,37m, no Stade de France, estabelecendo o novo recorde da competição — que era de 15,48m.

Esta é a segunda medalha de Beth nos Jogos de Paris 2024. Ainda na segunda-feira, porém nas provas realizadas pela manhã, a atleta conquistou a medalha de prata no arremesso de peso ao atingir a distância de 7,82m, recorde mundial na classe F53. Beth tem esclerose múltipla.

Claudiney Batista conquistou seu tricampeonato paralímpico no lançamento de disco da classe F56 (que competem sentados). Ele venceu a prova com a marca de 46,86m, novo recorde paralímpico.

Já Aser Ramos faturou a prata, com 5,76m no salto em distância da classe T36 (paralisados cerebrais). O ouro ficou com Evgenii Torsunov (Atletas Paralímpicos Neutros), com 5,83m, e o bronze foi para o ucraniano Oleksandr Lytvynenko (5,76m).

Vinícius Rodrigues faturou a medalha de bronze na final dos 100m T63 (amputados de membros inferiores com prótese) ao completar a prova em 12s10, apenas quatro centésimos do medalhista de ouro, o norte-americano Ezra Frech. Foi o melhor tempo do ano do brasileiro.

Lorena Spoladore e Jerusa Geber avançaram à final dos 100m T11 (deficiência visual). Jerusa fez 11s80, novo recorde mundial e avançou em primeira, enquanto Lorena fez a sua nova melhor marca do ano, com 12s07, e se classificou com terceiro tempo geral.

NATAÇÃO

O nadador mineiro Gabriel Araújo, 22, venceu a prova dos 200m livre, da classe S2 (limitações físico-motoras) da natação e alcançou a sua terceira medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris. Ele terminou a prova com o tempo de 3min58s92. O brasileiro marcou o recorde das Américas.

Porta-bandeiras da delegação brasileira, Gabrielzinho, como é mais conhecido já havia vencido as provas dos 100m e dos 50m costas, também da classe S2. Além disso, ele quebrou o próprio recorde mundial na prova dos 150m medley (S1, S2 e S3). Por se tratar de uma prova multiclasses, ele competiu com atletas com graus diferentes de comprometimento físico-motor e terminou em quarto.

A nadadora pernambucana Carol Santiago se tornou a mulher brasileira com mais ouros na história dos Jogos Paralímpicos. Ela faturou a prova dos 50m livre S12/S13, destinada a atletas com deficiência visual, com o tempo de 26s75 e chegou à sua 2ª medalha dourada em Paris, a quinta no geral.

“’É grandioso demais, eu acho que isso vai ficar, vai ficar toda essa força, toda essa dedicação que a gente tem, esse sonho realizado, para que os novos atletas que estão chegando, para que as crianças possam ver nisso um caminho, que é simples. Eu estou todo dia ali, treinando no Comitê Paralímpico Brasileiro, todo dia ali”, disse a campeã paralímpica.

As irmãs paranaenses Debora Carneiro e Beatriz Carneiro subiram ao pódio com prata e bronze, respectivamente, nos 100m peito classe SB14 (deficiência intelectual). Até aqui, o Brasil tem 14 medalhas na natação em Paris. São 5 de ouro, 3 de prata e 6 de bronze.

BADMINTON

O paranaense Vitor Tavares conquistou a inédita medalha de bronze no badminton, ao derrotar por 2 a 1 Man Kai Chu, de Hong Kong, com parciais de 23/21, 16/21 e na classe simples SH6 (classes funcionais de baixa estatura).

Vitor possui hipocondroplasia congênita, popularmente conhecida como nanismo. Em 2016, ele conheceu o badminton no colégio. Ele foi convidado para a modalidade por um professor que dava aulas para crianças e atletas de alto rendimento.

Antes do bronze, Vitor terminou em quarto nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e ganhou medalha de bronze no individual e prata nas duplas no Mundial de badminton em Tóquio 2022.

TRIATHLON

No Triathlon, Renan Cordeiro faturou uma inédita medalha de prata para o Brasil, na prova composta por 750m de nado, 20km de ciclismo e 5km de corrida. Tudo isso em 59 minutos e um segundo.

OUTROS RESULTADOS

O goalball masculino do Brasil goleou o Egito por 10 a 0 e avançou às semifinais. Já o vôlei sentado feminino venceu a Eslovênia por 3 sets a 0. No futebol de cegos, a vitória sobre a França por 3 a 0 aproximou o time da vaga na semifinal.

No tênis de mesa, Bruna Alexandre garantiu medalha ao se classificar para as semifinais do WS10, enquanto Thiago Gomes avançou às quartas de final do MS11, assim como Evellyn Santos na WS11. Já nossos outros representantes foram eliminados: Paulo Salmin e Israel Stroh, ambos na MS7, pararam nas oitavas de final, mesma fase em que Carla Azevedo perdeu na WS1-2. Cláudio Massad foi eliminado nas quartas de final da MS10, assim como Lucas Arabian na MS8.

Texto e fotos: Comitê Paralímpico Brasileiro

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