Com o bom uso de diversos canais de comunicação, é possível engajar mais pessoas na paróquia

‘Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura’ (Mc 16,15)

Nathalia Santos*

Gert Altman/Pixabay

Levar a Palavra de Deus é a missão de todo batizado. Todos são chamados a evangelizar por meio dos dons únicos que possuem. Sabe-se bem que dentro das paróquias existe uma infinidade de formas de servir e anunciar, mas, no caso da Pascom, mais do que espalhar a mensagem, é necessário saber que, como comunicador, é preciso garantir que a informação alcançará a todos e será compreendida. 

Dito isso, uma pergunta: “Por onde as pessoas da sua comunidade recebem as informações sobre o que acontece na paróquia?”.

Atentar-se à diversidade nos canais de comunicação em uma paróquia é importante para criar um ambiente acolhedor e inclusivo, refletindo a diversidade da comunidade paroquial.

Segundo estudos da Pew Reseacher Center, o Facebook é popular entre todas as faixas etárias, mas seu uso é mais intenso entre adultos de meia-idade e idosos.

Já o Instagram e o TikTok são dominados pelos jovens, pessoas com menos de 30 anos de idade. Ainda segundo a mesma pesquisa, o YouTube é amplamente usado por todas as faixas etárias para consumo de vídeos mais longos; e o WhatsApp é o mais utilizado para a comunicação pessoal e em grupo, sendo, entre as opções aqui mencionadas , a ferramenta de contato mais próxima e imediata.

As vantagens do uso de múltiplos canais

Para estruturar o uso dos meios de comunicação em uma paróquia, é preciso ter em mente os seguintes pontos:

Incluir todos os fiéis: com a diversificação dos canais de comunicação, a paróquia garante que pessoas de diferentes idades, culturas e habilidades tenham acesso às informações e atividades da igreja. Por exemplo, enquanto os mais jovens podem preferir redes sociais mais dinâmicas como Instagram e o TikTok, a turma da melhor idade pode se sentir mais confortável com informativos via WhatsApp.

Alcance de mais pessoas: Utilizar múltiplos canais permite que a paróquia alcance um público mais amplo. Redes sociais, sites, e-mails, aplicativos de mensagens e até impressos podem ser usados para comunicar eventos, missas e outros anúncios. Isso ajuda a garantir que ninguém fique sem receber as informações importantes.

Fortalecimento da comunidade: a diversidade nos canais de comunicação também é uma ferramenta de acolhimento. Quando todos se sentem informados e envolvidos, há um maior engajamento nas atividades e eventos paroquiais. Isso contribui para uma comunidade mais participativa.

Adaptabilidade e modernização: a utilização de diferentes meios de comunicação demonstra que a paróquia está aberta à modernização e à adaptação às necessidades dos fiéis. Isso é especialmente importante em um mundo em que a tecnologia está em constante evolução e as formas tradicionais de comunicação podem não ser suficientes.

Acessibilidade: diversificar os canais de comunicação também pode facilitar que as pessoas com deficiência tenham acesso às informações paroquiais. Vídeos com legendas, transcrições de áudio e sites com design acessível são exemplos de como a paróquia pode garantir que todos os membros da comunidade acessem as informações de maneira eficaz.

Promoção do diálogo e convite à participação: canais diversos permitem uma comunicação mais interativa. Redes sociais e aplicativos de mensagens, por exemplo, possibilitam que os fiéis façam perguntas, deixem comentários e se envolvam ativamente nas discussões. Isso cria um ambiente mais participativo e colaborativo.

Essa mescla nos canais de comunicação é fundamental para uma paróquia que deseja ser inclusiva, acessível e agregadora. Muita coisa mudou desde que os 12 apóstolos foram enviados a evangelizar pelos quatro cantos do mundo. Naquela época, não havia os recursos atuais, mas, mesmo assim, a comunicação deles fez parte da fundação da Igreja que já está por aqui há mais de dois mil anos!

Como diversificar conteúdos em cada rede social?

Por fim, algumas dicas às equipes de Pascom sobre como estruturar os canais de comunicação na paróquia:

Posts de atualização: anúncios sobre eventos, horários de missas, reuniões e outras atividades paroquiais;
Fotos e vídeos: imagens de eventos passados, trechos de homilias e mensagens do pároco;
Eventos: criação de eventos para missas especiais, retiros e outras atividades;
Grupos: os específicos para pastorais, os de oração ou de estudos bíblicos.

Fotos e stories: imagens inspiradoras, versículos bíblicos, bastidores de eventos e atividades diárias da paróquia;
Reels: vídeos curtos e dinâmicos sobre eventos, reflexões e depoimentos de paroquianos;
Carrossel de fotos: publicações com várias imagens de eventos e atividades na paróquia.

Listas de transmissão: envio de mensagens para grupos específicos sobre eventos, avisos importantes e homilias diárias;
Grupos de discussão: grupos para discussões de estudos bíblicos, grupos de oração e pastorais;
Mensagens de áudio/vídeo: mensagens curtas do padre ou de coordenadores pastorais com reflexões e avisos;
Links e recursos: compartilhamento de links para recursos úteis, como leituras diárias, artigos ou vídeos.

Vídeos gravados: homilias, estudos bíblicos, depoimentos de paroquianos e acompanhamento de trabalhos pastorais;
Playlists: organização de vídeos em playlists temáticas para fácil acesso e consumo.

Vídeos curtos e criativos: reflexões rápidas, homilias para os jovens.
Juventude da paróquia: mostrar ações das pastorais que envolvam os jovens, mostrando a construção do futuro da comunidade.

A Pascom precisa estar sempre alinhada com todas as pastorais, pois produzir esses conteúdos só é possível quando existe uma unidade paroquial. As redes sociais da paróquia são o reflexo do que ela representa. Diversificar a comunicação para diferentes canais é importante para atender à necessidade de todos da comunidade, é uma forma de acolhimento e fortalecimento para os que fazem parte dela, e um convite para aqueles que ainda estão fora.

*Nathalia Santos é jornalista e estrategista de mídias sociais. Membro da Pascom na Paróquia Santo Antônio de Lisboa, na Vila Ede, em São Paulo

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