Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta para o aumento deste tipo de fraude, que pode ser evitada seguindo-se algumas dicas do Procon-SP
Levantamentos realizados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostram o crescimento de tentativas de várias modalidades de fraudes financeiras durante a pandemia.
Neste período, as instituições registraram aumento de 80% nas tentativas de ataques de phishing – que se inicia por meio de recebimento de e-mails que carregam vírus ou links e que direcionam o usuário a sites, que, normalmente, possuem remetentes desconhecidos e não confiáveis. O golpe do falso motoboy teve aumento de 65%. Já os golpes do funcionário de fachada e centrais telefônica falsificadas cresceram 70%.
Mensagens de ofertas tentadoras e atrativas que, na verdade, direcionam para sites falsos, ou ainda o uso de avisos para que a pessoa recadastre urgentemente seus dados junto a uma instituição, escondem crimes que causam prejuízos para o consumidor. No período também houve alta de 60% em tentativas de golpes financeiros contra idosos, que são as principais vítimas.
MANIPULAÇÃO PSICOLÓGICA
A Federação que representa os bancos afirmou que as instituições investem em sistemas de tecnologia voltados para segurança, mas atualmente 70% das fraudes estão vinculadas à engenharia social, que consiste na manipulação psicológica do usuário para que ele lhe forneça informações confidenciais para os criminosos.
“Seja pelo telefone, por e-mail, pelas mídias sociais, SMS, o fraudador solicita dados pessoais do cliente, como números de cartões e senhas, em troca de algo, ou ainda induz o usuário a ter medo de alguma situação”, alerta Adriano Volpini, diretor da Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes da Febraban.
Volpini adverte que a população tem um comportamento de segurança no mundo digital diferente do mundo físico, em que já se acostumou a tomar determinados cuidados. Outro ponto é a ausência de uma lei federal que determine os crimes cometidos pelos meios digitais, que gera grande prejuízo são só para os consumidores, mas também as empresas privadas e o setor público.
DICAS PARA EVITAR GOLPES
De acordo com o secretário de defesa do consumidor do Estado de São Paulo, Fernando Capez “é preciso que o consumidor desconfie sempre, redobre a atenção e nunca forneça senhas ou sequência de números”, alertou em entrevista à Agência Brasil.
O Procon-SP recomendar que para evitar golpes a pessoa:
– Não forneça dados, senhas, códigos etc.;
– Não acredite em ofertas de ajuda, sorteio, dinheiro etc. enviadas pelo WhatsApp, redes sociais, e-mails e não clique nesses links;
-Não confie e não compartilhe links e informações dos quais não tenha certeza da origem;
-Não preencha formulários que não estejam nos sites oficiais;
-Baixe aplicativos apenas das lojas oficiais;
-Em caso de dúvidas ou dificuldades, procure um familiar ou amigo que possa ajudar;
– Utilize antivírus no computador, tablet e smartphone;
A Febraban disponibiliza uma lista com os principais golpes e como evita-los.
(Com informações de Febraban, Agência Brasil e Procon-SP)