Foi eleito nesta quarta-feira, 26 de abril, durante a 60ª Assembleia Geral da CNBB, realizada em Aparecida (SP), o novo presidente da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Trata-se do bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo (SP), dom Ângelo Ademir Mezzari.
Em resposta à pergunta se aceita a missão confiada pelo episcopado brasileiro, feita pelo segundo vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Mário Antonio da Silva, dom Ângelo respondeu:
“Eu quero agradecer a confiança da Assembleia da CNBB. Eu sou um bispo da pandemia, e sou um bispo das assembleias virtuais. Essa é a primeira assembleia presencial, já que ano passado eu estava no curso para novos bispos. Conhecendo a caminhada e tendo participado bastante, sobretudo nesses organismos, eu hoje, também por fidelidade ao meu carisma como rogacionista, no Ano Vocacioal e nessa mensagem tão bonita do Papa, ‘Vocação, graça e missão’, eu me coloco à disposição e aceito essa nova missão”, disse.
Biografia
Nascido em Sanga do Engenho, município de Nova Veneza, atualmente Forquilhinha (SC), em 2 de abril de 1957, dom Ângelo ingressou no Seminário Rogacionista Pio XII, em Criciúma (SC), em fevereiro de 1969, onde completou Ensino Fundamental e Médio. Em 1976, fez um ano obrigatório de serviço militar em Tubarão (SC) e Joinville (SC). Fez o noviciado canônico em Bauru (SP), em 1980, e emitiu a primeira profissão religiosa, no dia 31 de janeiro de 1981. Professou os votos perpétuos na Congregação no dia 29 de janeiro de 1984, em Criciúma.
Fez os estudos para licenciatura em Filosofia (1977-1978) na Faculdade Nossa Senhora Medianeira, em São Paulo, e para o bacharelado em Teologia (1981-1984) no Instituto Teológico Pio XI, também na capital paulista. Recebeu a ordenação presbiteral no dia 22 de dezembro de 1984, na sua terra natal.
Após a ordenação sacerdotal, continuou seus estudos, obteve o bacharelado em Comunicação Social e Jornalismo na Universidade Federal do Paraná (1986-1989). Em 2003, obteve o Mestrado em Teologia Dogmática na Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo, com uma tese sobre “Revelação e Comunicação”.
Na Congregação Rogacionista, dom Ângelo foi formador nos seminários de Filosofia e Teologia (1985-1998), atuou na pastoral vocacional, na assistência social, na educação e comunicação. Foi, ainda, diretor e redator da Revista Rogate de Animação Vocacional e diretor presidente do Instituto de Pastoral Vocacional (IPV). Foi conselheiro da Província Rogacionista São Lucas (Brasil, Argentina e Paraguai) por três mandatos (1989-1998), superior provincial por dois mandatos (2002-2010) e superior geral por seis anos, em Roma (2010 a 2016).
Na Igreja do Brasil, colaborou principalmente no âmbito da pastoral vocacional, em particular, junto à atual Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada da CNBB, entre 1990 e 2010. Participou ativamente da realização dos congressos vocacionais do Brasil. Também exerceu os cargos de diretor tesoureiro da União Cristã Brasileira de Comunicação (UCBC) entre 1983 e 1988, e foi Presidente do Conselho Municipal de Assistência Social (COMAS), em São Paulo, de 2000-2002.
Em 8 de julho de 2020, foi nomeado pelo Papa Francisco como bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo. Foi ordenado no dia 19 de setembro do mesmo ano e acolhido no dia 4 de outubro. Ele é responsável pela Região Episcopal Ipiranga.
A Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada
A Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada (CMOVC) tem como objetivo despertar, discernir, cultivar, animar, promover e acompanhar as Vocações, os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Igreja no Brasil.
Sua missão é oferecer aos batizados, condições para a vivência da sua vocação específica através da do Serviço de Animação Vocacional-Pastoral Vocacional (SAV-PV), bem como acompanhar a formação para o Ministério Ordenado, por meio da Organização dos Seminários e Institutos do Brasil (OSIB).
Fonte: CNBB