A Comunidade Terapêutica Casa Marta e Maria, obra social da Congregação Copiosa Redenção dedicada ao acolhimento e reabilitação de mulheres com dependência química, concluiu a instalação de uma usina de captação de energia solar com 30 painéis fotovoltaicos. O investimento, no valor de R$ 36.900, foi aprovado integralmente pelo Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), arrecadado durante a Campanha da Fraternidade 2025, cujo tema trabalhou a ecologia integral.
A responsável local, Irmã Fabiane Maria Klein, destacou que o projeto “dialoga diretamente com o eixo da ecologia integral”. A aprovação foi feita na primeira reunião do Conselho Gestor do FNS, em 30 de junho.
Economia e manutenção
A instalação foi finalizada no último sábado, dia 30 de agosto, e aguarda apenas o procedimento da concessionária de energia do Rio Grande do Sul para conexão e troca do equipamento de medição — etapa que costuma levar cerca de 30 dias.
A expectativa é que, após o início da operação, a pequena usina gere 17,25 KWp e, com isso, a Comunidade passe a economizar entre R$ 2.000 e R$ 2.500 por mês na conta de luz, mantendo apenas a taxa mínima de fornecimento. “Essa economia terá impacto direto na manutenção do serviço e no cuidado das mulheres acolhidas”, destaca a Irmã Fabiane.
Resposta social e contexto local
A Casa Marta e Maria completou recentemente 30 anos de atuação como a única unidade feminina de acolhimento desse perfil em Porto Alegre (RS). A comunidade terapêutica possui capacidade para acolher 20 mulheres, atualmente possui 18 vagas preenchidas.
O projeto apresentado também considerou o encarecimento do custo de vida na capital gaúcha após as enchentes de 2024, incluindo água, saneamento básico e energia. Essa situação afetou diretamente a comunidade terapêutica: na época as religiosas da Copiosa Redenção e as acolhidas precisaram deixar o prédio em que moravam por 30 dias e permaneceram em abrigo temporário. Ao retornarem, viveram o tempo de reconstrução do que a água havia estragado.
Critérios e transparência
O edital do FNS para 2025 estabeleceu teto de R$ 40 mil por iniciativa. A Copiosa Redenção orçou a compra e instalação com quatro empresas e optou pela proposta mais econômica que atendia à mesma capacidade de geração, assegurando economicidade e melhor prestação de contas.
O regulamento permite um projeto ao ano por até três anos consecutivos para a mesma instituição. Na Copiosa Redenção, há histórico de contemplação em outras frentes, em 2023, a Comunidade Terapêutica Mons. Gabriel Mercol, em Rondônia, foi contemplada com R$ 23 mil para a área da cozinha. No ano passado, a Comunidade Rosa Mística recebeu R$ 25 mil do FNS para renovação de camas e reforma parcial de mobiliário.
Com a usina solar, a Casa Marta e Maria reforça sua missão de reinserção social das mulheres atendidas — alinhando sustentabilidade econômica, cuidado com a casa comum e qualificação do serviço.
Sobre o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS)
O FNS é constituído a partir da Coletas Nacional da Solidariedade, realizada nas paróquias de todo o país no Domingo de Ramos. Com esses recursos, a CNBB apoia projetos sociais de todo o país que tenham relação com a Campanha da Fraternidade. O edital do FNS prevê que os projetos sociais tenham carta assinada pelo bispo local para ser atendido pelos recursos.
Sobre a Casa Marta e Maria
A Casa Marta e Maria, em Porto Alegre (RS), é uma obra social da Congregação Copiosa Redenção dedicada ao acolhimento, tratamento e reinserção de mulheres em situação de dependência química, articulada com a Rede de Atenção Psicossocial do município e com 30 anos de serviço à comunidade.
Fonte: CNBB
