“Convém que, ao ministério instituído de catequista, sejam chamados homens e mulheres de fé profunda e maturidade humana, com participação ativa na vida comunitária, acolhedores, generosos, com espírito fraterno, formação bíblica, teológica, pastoral e pedagógica adequadas, e com experiência prévia na catequese”
(Trecho da carta apostólica, sob a forma de motu proprio, Antiquum Ministerium, pela qual o Papa Francisco instituiu o ministério de Catequista)

Aos 18 anos, Bruna Quilante sentiu-se chamada à vocação catequética. Ela define seu ministério como “um presente que vem de Deus, mas que, na verdade, foi muito mais frutuoso na minha vida do que, de fato, na vida daqueles que fui chamada a ensinar.” Há seis anos, atua como catequista na Paróquia Cristo Rei, da Diocese de Osasco (SP).
Ela recorda com carinho o testemunho de conversão de uma das famílias de um dos catequizandos, já que por meio dos encontros de Catequese e da participação nas missas “Cristo pôde entrar plenamente naquela casa”.
Para Bruna, hoje com 23 anos, ensinar a fé não apenas às crianças, mas envolvendo toda a família, é algo desafiador, isso porque muitos pais ainda inscrevem os filhos na catequese apenas por tradição, sem um verdadeiro desejo de iniciar as crianças na vida cristã.
Bruna se inspira em três grandes exemplos de santidade para viver sua missão: “São João Paulo II, que, como papa, foi também um grande catequista; São João Bosco, pelo trabalho com os jovens; e a Beata Imelda, que, embora não tenha sido catequista, foi uma criança com profundo amor por Jesus Eucarístico e faleceu no dia de sua primeira Comunhão.”
Casada com Victor Mascarenhas, também catequista, Bruna é mãe de Angello, de 10 meses, e está à espera do segundo filho. O casal compartilha experiências e dicas sobre a missão catequética na página do Instagram Catequistas por Vocação, que reúne mais de 164 mil seguidores.
Segundo ela, o conteúdo nas redes sociais surgiu da percepção de haver uma carência de materiais organizados e acessíveis para a condução dos encontros.
“Começamos a postar essas atividades e, com o tempo, muitos catequistas foram chegando. Mas também apareceram muitas pessoas que não conheciam a fé, com dúvidas. Assim, o que começou como um espaço de apoio entre catequistas acabou se tornando também um ambiente de evangelização e diálogo com quem deseja conhecer o Catecismo”, conta.
Como catequista, mãe e esposa, a catequese faz parte de sua vida. Ao testemunhar a fé em sua rotina familiar, ela contribui para a formação de outras vocações: “Eu acho que ser catequista é, verdadeiramente, um privilégio: é participar da transmissão da Palavra, da graça e do conhecimento de Deus para outras pessoas”, conclui.

“O catequista é chamado, antes de tudo, a exprimir sua competência no serviço pastoral da transmissão da fé, que se desenvolve em suas diferentes etapas: desde o primeiro anúncio que introduz no querigma, passando pela instrução que torna consciente da vida nova em Cristo e prepara, de modo particular, para os sacramentos da iniciação cristã, até a formação permanente, que permite que cada batizado esteja sempre pronto ‘a dar a razão da sua esperança a todo aquele que a peça’. Uma identidade que só mediante a oração, o estudo e a participação direta na vida da comunidade pode ser desenvolvida com coerência e responsabilidade.”
(Trecho da carta apostólica, sob a forma de motu proprio, Antiquum Ministerium, pela qual o Papa Francisco instituiu o ministério de Catequista)