‘Não existe família perfeita, todos estamos em busca da perfeição’, diz casal coordenador da Pastoral Familiar

Luiz e Káthia Stolf estiveram no X Encontro Mundial das Famílias, realizado em Roma, de 22 a 26 de junho

Foto: Arquivo pessoal

Na última semana, uma delegação de 35 pessoas do Brasil, a maioria delas casais, participaram, em Roma, do X Encontro Mundial das Famílias, que tratou da temática “Amor em família: vocação e caminho de santidade”.

Entre eles estiveram Luiz e Káthia Stolf, casal coordenador nacional da Pastoral Familiar. Nesta entrevista ao O SÃO PAULO, eles relatam as impressões sobre o encontro e como pretende partilhar tudo que ouviram e refletiram com as famílias do Brasil.

O que representou para vocês o Encontro Mundial das Famílias em Roma?

Luiz: Dizer em poucas palavras é meio complicado, porque foram tantos testemunhos, tantas palestras e momentos, apresentações que marcaram muito profundamente a nossa experiência. E a de todas as famílias que estavam ali. Das coisas mais marcantes podemos destacar, primeiro, a nossa comissão que veio do Brasil, uma representação significativa, pois viemos muito bem organizados, em 35 pessoas. Essa foi a primeira vez que nos organizamos como Pastoral Familiar, como agentes de pastoral a partir do Brasil para um encontro mundial. E chegando aqui em Roma, penso que sentimos essa presença muito forte da espiritualidade, no local e no momento: desde a abertura no Festival das Famílias, em que fortes testemunhos foram dados por famílias que, dentro das suas dificuldades, souberam superar as crises e os desafios. A presença do Papa também foi marcante. Apesar de toda a limitação dele para se locomover, ele entrou em uma cadeira de rodas muito simples, mostrou a condição dele e aparentava uma alegria que é própria do Papa, e em momento algum se acanhou ou se escondeu por conta da sua atual condição física. Então, essa humildade que ele nos passa e nos transmite penso que foi um momento muito forte também.

Em relação ao congresso teológico pastoral, o que foi mais marcante?

Káthia: Referente ao congresso, o que nos chamou mais atenção nas palestras e nos testemunhos é que nós famílias temos nossas debilidades, nossas limitações, mas buscamos santidade no dia a dia, nas pequenas coisas que fizemos e que não existe família perfeita, nós todos estamos em busca da perfeição. Também na fala do Papa na missa de conclusão, ele nos exortou a buscar essa perfeição no dia a dia, essa santidade, não desanimar perante as dificuldades. Também lembrou que o Matrimônio não é uma missão impossível, e com as graças que Deus nos dá todos os dias, é possível ser feliz em família. E também exortou que lutemos pela família, para que com nosso testemunho de vida possamos transformar outras famílias.

Concluído o encontro, o que fica de missão para a Pastoral Familiar?

Luiz. Ficamos com este objetivo muito claro de saber onde precisamos caminhar para buscar essa unidade e essa sinodalidade com as famílias e com os demais irmãos, com os agentes que aqui estiveram. Ao retornar ao Brasil, certamente temos uma missão muito grande que é levar essa mensagem que o Papa nos deu, os testemunhos e as palestras que nos passaram. Tudo isso nós estamos levando como missão para que chegue também às bases, às dioceses, paróquias e comunidades, onde estão realmente as famílias que mais necessitam desse nosso apoio e dessa nossa ajuda. Será uma missão para todo esse grupo de pessoas que aqui esteve, assim, não será uma tarefa pontual de alguém, mas de um grupo, uma equipe da Pastoral Familiar e alguns movimentos que estavam representados aqui. A partir disso, temos essa missão de levarmos à frente tudo que nos foi passado e transmitido que vivenciamos nestes dias.

(Colaboraram: Fernando Arthur e Daniel Gomes)

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