Porta Santa aberta na Amazônia para despertar o chamado da missão

“No pluralismo em que vivemos”, afirma o arcebispo Roque Paloschi, a abertura da Porta Santa na Catedral Sagrado Coração de Jesus de Porto Velho, em Rondônia, “tem despertado a consciência da pertença, de batizados, de chamados a viver a missão”. Com aprovação da Santa Sé, a Porta Santa ficará aberta até 4 de maio para pedir perdão e agradecer pelos 100 anos de missão da Igreja Particular (1925-2025) na Amazônia.

Vatican Media

A Porta Santa, segundo o Papa Francisco na Bula de Proclamação do Jubileu Ordinário 2025, oferece “a experiência viva do amor de Deus, que desperta no coração a esperança segura da salvação em Cristo”. A da Basílica de São Pedro, no Vaticano, será aberta em 24 de dezembro para iniciar o Ano Santo. Aquela da Catedral Sagrado Coração de Jesus de Porto Velho, em Rondônia, está aberta desde 5 de maio – com aprovação da Santa Sé – para celebrar o Ano Jubilar Extraordinário da Igreja Particular da capital pelo seu centenário (1925-2025), como contou o Arcebispo Metropolitano, Dom Roque Paloschi, que está em Roma para participar do Sínodo dos Bispos, ao conceder entrevista a Silvonei José da Rádio Vaticano – Vatican News:

“Temos a Porta Santa com autorização da Santa Sé, não com o bispo de lá que decretou. Temos a autorização da Porta Santa para celebrar o centenário da criação da Igreja Particular de Porto Velho, primeiro prelazia, depois diocese e depois arquidiocese em pouco tempo. Então, também tem sido um momento muito bonito para nós, no pluralismo em que vivemos e também na alegria de que este caminho tem despertado a consciência da pertença, de batizados, de chamados a viver a missão. Essa tem sido uma grande bênção para toda a Igreja, mas também para toda região.”

Porta Santa ficará aberta até 4 de maio

A abertura da Porta Santa na Amazônia, além de celebrar o centenário da Igreja Particular de Porto Velho, também quer resgatar “o processo histórico e o engajamento das comunidades” (Plano de Pastoral, nº129) para renovar, em todos os corações, o dom da esperança e da fé. Nesse intuito, o tema: “Testemunhar fé e vida na Amazônia” e o lema: “Sede minhas testemunhas, até os confins da terra” (At 1,8) são um convite à conversão, a gestos concretos de solidariedade e ao compromisso de cada batizado para não ficar indiferente ao grito dos pobres, dos prisioneiros e dos doentes de hoje.

Por isso, segundo comunicado da Arquidiocese, esse tempo santo pede “para nos colocarmos a caminho, como Igreja em saída, para que, ajudados pelos sacramentos, pela oração, pela caridade, pela missão e pela peregrinação, trilhemos o caminho da reconciliação com Deus, com o próximo e com a criação”.

A Porta Santa em Porto Velho vai receber até 4 de maio de 2025 a visita de todas as paróquias, através das peregrinações dos católicos e das pessoas de boa vontade das comunidades dos 13 municípios que compreendem o território da arquidiocese até a catedral, numa experiência de conversão. As indulgências plenárias, como experiência de misericórdia no Ano Jubilar, também autorizadas em decreto da Penitenciaria Apostólica, oferecem a oportunidade de receber o perdão de Deus sem precisar ir a Roma. A indulgência é uma manifestação concreta da misericórdia de Deus que transcende os limites da justiça humana e as transforma, tornando-se um tesouro de graça, esperança e perdão para a jornada de santidade do cristão.

Congresso Eucarístico Arquidiocesano em 2025

Dom Roque explicou sobre as origens da Prelazia de Porto Velho, criada em 1925 pela contribuição dos missionários salesianos, as celebrações do Ano Jubilar com a abertura da Porta Santa e, também, sobre a preparação do Congresso Eucarístico Arquidiocesano que será realizado em julho de 2025.

O início do ano será marcado por semanas eucarísticas em todas as paróquias e na maioria das comunidades, segundo a disponibilidade “dos poucos padres” na região, mas para dar a oportunidade do Sacramento da Reconciliação e de momentos de adoração. Dom Paloschi falou da importância desse período: “ter a presença de um padre, não que fica correndo e sai correndo, e sai correndo porque já tem uma outra missa; mas um dia lá naquela comunidade, por setores, naqueles interiores”. 

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