Rede Vida comemora 25 anos de serviço à evangelização com identidade católica

Uma missa na Catedral da Sé, presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, no domingo, 21, marcou as comemorações dos 25 anos de fundação da Rede Vida de Televisão.

‘Canal da Família’ tem 24 horas de programação variada (Foto: Rede Vida)

A Eucaristia foi concelebrada por Dom Eduardo Vieira dos Santos, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Sé, e sacerdotes que colaboram na programação do canal de inspiração católica. Também participaram da celebração o jornalista João Monteiro de Barros Neto, diretor da Rede Vida, colaboradores e comunicadores da emissora.

A Rede Vida foi fundada em 20 de junho de 1995, por meio da iniciativa do jornalista João Monteiro de Barros Filho, dono da TV Independente de São José do Rio Preto, no interior paulista. Ele, junto com o então Arcebispo de Botucatu (SP), Dom Antonio Maria Mucciolo, e o então Arcebispo de Mariana (MG), Dom Luciano Mendes de Almeida, fundou o Instituto Brasileiro de Comunicação Cristã (Inbrac), organização sem fins lucrativos que operacionalizou a implantação da emissora.

INICIATIVA EVANGELIZADORA

“A história da Rede Vida está inserida no esforço mais decisivo da Igreja Católica no Brasil em evangelizar também por meio da televisão, fazendo com que a mensagem e a imagem da Igreja chegassem aos lares e levassem conforto a todos os que sentiam a necessidade de reconhecer e se vincular a uma linguagem televisiva da comunidade de fé com a qual eles se identificavam”, destacou o Cardeal Scherer, na homilia.

“A Rede Vida encarou com coragem o apelo e o desafio tantas vezes lançado e repetido pelo Papa e pelo magistério dos bispos, para que a Igreja Católica entrasse com decisão e sem medo no vasto, desafiante, mas também promissor, mundo das comunicações, para anunciar a Boa-Nova do Evangelho e contribuir de maneira mais eficaz com a edificação da sociedade”, acrescentou Dom Odilo.

Partindo das palavras de Jesus na liturgia do dia, o Cardeal exortou:  “Não tenhamos medo de anunciar o Evangelho e prestar nosso generoso serviço à missão da Igreja de colaborar com o verdadeiro bem da comunidade humana, mesmo em tempos difíceis e controversos”.

MILHÕES DE BRASILEIROS

Conhecida como “O Canal da Família”, a emissora comemora seu jubileu de prata chegando a mais de 120 milhões de brasileiros no sistema aberto, em todo o território nacional, alcançando mais de 1.500 municípios. “Chegamos hoje com sinal aberto em HDTV [alta definição] como a quarta maior rede de televisão digital do País. São mais de 500 outorgas que fazem o conjunto das repetidoras da Rede Vida que tem como geradora a cidade de São José do Rio Preto”, explicou João Monteiro de Barros Neto ao O SÃO PAULO.

A emissora também está presente em todas as operadoras de TV por assinatura e via satélite por meio das antenas parabólicas nos sistemas analógico e digital. Esses números de abrangência fazem da Rede Vida não só a maior emissora aberta de inspiração católica do Brasil como a maior do mundo nesse segmento.

Com programação diversificada, a Rede Vida está no ar 24 horas por dia, sendo 14 horas ao vivo, levando entretenimento, prestação de serviços, jornalismo, programas de formação religiosa, celebrações e evangelização.

Padre Juarez de Castro é um dos comunicadores da emissora (Foto: Rede Vida)

PIONEIRA

Em 25 anos, a Rede Vida acumula fatos marcantes da história da comunicação católica brasileira, como a criação do primeiro telejornal que mostra a presença evangelizadora e social da Igreja em todo o País: o “JCTV”, no ar até hoje. Outro legado da emissora foram as transmissões das missas e momentos de oração e devoção diários. Além disso, a emissora criou programas de entrevistas, debates e formação de opinião pública, como o “Tribuna Independente”.

Desde o início de seus trabalhos, a Rede Vida realizou a cobertura das assembleias gerais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), tornando esse encontro anual, que reúne todo o episcopado brasileiro, mais próximo do público.

Em sua história, a Rede Vida transmitiu aos brasileiros acontecimentos marcantes da vida da Igreja no País e no mundo, como as visitas dos papas ao Brasil: São João Paulo II, em 1997, Bento XVI, em 2007, e Francisco, em 2013.

CATÓLICA

Monteiro Neto ressaltou que ser uma emissora de televisão de inspiração católica significa ter em sua identidade e conteúdos os valores que fundamentam a fé católica, além de caminhar em sintonia com os ensinamentos do Evangelho e da Igreja. 

“A Rede Vida é uma emissora comercial, privada, que conta, desde sua fundação, com o Inbrac, que orienta as ações da sua grade da programação para que corresponda à sua identidade e missão cristãs”, explicou Neto, que define o instituto como a “alma” da Rede Vida, enquanto o “corpo” é a TV Independente de São José do Rio Preto, geradora da rede.

O Inbrac é constituído por bispos, leigos e uma religiosa e tem como presidente, eleito recentemente, o Cardeal Scherer, que sucede ao Cardeal Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ).

DESAFIOS

Ao falar sobre as perspectivas para os próximos anos, o diretor da emissora salientou que a comunicação está passando por uma grande transformação, sobretudo em relação ao desenvolvimento tecnológico.

Para Monteiro Neto, o grande desafio é aprimorar cada vez mais seu conteúdo, independentemente do meio pelo qual será acessado. Por isso, a emissora tem investido na interatividade e convergência com as mídias digitais e o acesso por meio de dispositivos móveis mediante um aplicativo próprio.

“O importante é fazer com que o que produzimos seja relevante para as pessoas. Esse não é só um desafio para a Rede Vida, mas para a Igreja no Brasil como um todo, fazer com que os valores cristãos, os nossos valores, sejam reconhecidos e desejados pelas pessoas.”

A esse respeito, Dom Odilo reforçou que a Rede Vida, como expressão do serviço da Igreja, “é testemunha da fé em Deus, do valor da pessoa humana, da vida e da dignidade de cada ser humano, dos valores da justiça, da honestidade, da liberdade e do respeito, que são fundamentais para a edificação da convivência humana”.

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