Criar espaços para apoiar o cuidado

Nossas cidades são cada vez menos acolhedoras para as famílias. Enquanto as maiores têm cada vez mais um rit­mo frenético, ambientes hostis e pouco acolhedores, as pequenas se ressentem da falta de recursos para o desenvolvi­mento pessoal e acolhimento dos mais vulneráveis. Existem muitas propostas e iniciativas que enfrentam essa situa­ção.

Implicam uma abordagem integra­da, na qual a pessoa é acolhida e pode se desenvolver em todas as suas dimen­sões. Podem estar destinadas à educa­ção dos jovens, à convivência familiar, ao acolhimento de idosos ou mesmo ao enfrentamento de problemas de saúde e adicção a drogas. Necessitam de insta­lações adequadas, equipes capacitadas e programas estruturados e estáveis.

No Brasil, na área de saúde pública, o Sistema Único de Saúde (SUS) já co­ordena espaços com essa perspectiva – como os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial). Também existem muitos centros sociais e recreativos, tanto admi­nistrados pelo poder público quanto por organizações com função social. Expan­dir esses serviços, dar-lhes maior apoio e eficiência, fornecendo programas vol­tados às famílias, são ações de grande impacto social.

Entre as áreas que podem ser atendi­das, Family Talks lista:

  • Apoiar centros e programas com foco em alimentação, que acompanham as famílias para que adotem hábitos ali­mentares saudáveis, e que possam dar assistência para diagnóstico e trata­mento de casos mais graves.
  • Ampliar a oferta de creches. Destinadas a crianças de até 3 anos, são parceiras valiosa das famílias. A creche é um di­reito constitucional das crianças e suas famílias, e deve ser disponibilizada pelo município para todos aqueles que dese­jam. Além disso, desempenha um pa­pel significativo na integração das mu­lheres no mercado de trabalho.
  • Ofertar ou ampliar as áreas verdes, parques infantis e centros culturais. Há uma demanda recorrente de pais e mães por locais nos quais possam desfrutar de lazer em família. As ci­dades precisam ter parques seguros e divertidos para crianças, locais ao ar livre bem conservados, vias urbanas amigáveis para pedestres, praças pú­blicas, além de museus, bibliotecas e centros culturais.
  • Ampliar a oferta de espaços voltados à população idosa, garantindo-lhe li­berdade, dignidade e cidadania. Tra­ta-se de um problema crescente, devi­do ao envelhecimento da população, que exige o devido cuidado para que Estado e famílias possam caminhar juntos na garantia da qualidade de vida dos idosos. Podem ser centros­-dia, nos quais o idoso desenvolve atividades, mas continua morando em sua casa, ou alojamentos de longa permanência.

*Com base nas recomendações elencadas pelo Family Talks, em Como apoiar as famílias em sua proposta de governo.

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