Há uma grande luta da Igreja pela vida […] Parece-me que na base destas legislações [que propõem o direito de abortar] haja por um lado um certo egoísmo e por outro uma dúvida sobre o futuro. E a Igreja responde sobretudo a estas dúvidas: a vida é bela, não é algo duvidoso, mas é um dom e também em condições difíceis a vida permanece sempre um dom. Portanto voltar a criar esta consciência da beleza do dom da vida. E depois, outra coisa, a dúvida do futuro: naturalmente há tantas ameaças no mundo, mas a fé dá-nos a certeza de que Deus é sempre mais forte e permanece presente na história e portanto podemos, com confiança, também dar a vida a novos seres humanos. Com a consciência de que a fé nos dá sobre a beleza da vida e sobre a presença providencial de Deus no nosso futuro, podemos resistir a estes medos que estão na base destas legislações (Bento XVI, Entrevista na volta da viagem ao Brasil para a Conferência de Aparecida).
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