São João Paulo II, dirigindo-se aos jovens num hoje longínquo 1981, traça um perfil ainda hoje atual.
A juventude de hoje é uma juventude:
- Crítica: tendo notavelmente aumentado o patrimônio cultural, é levada logicamente a pensar mais, a refletir e a julgar.
- Exigente: às vezes exagerando e cedendo ao egoísmo pessoal, quer e pretende honestidade, veracidade, justiça e coerência.
- Que sofre pelas contradições das ideologias que a impressionam, por causa do contínuo esvaziamento dos ideais de que é espectadora.
- Interrogante: deseja dar-se conta dos acontecimentos, que procura o sentido da própria vida e o significado da história humana e do universo inteiro, que invoca certeza e clareza sobre o próprio destino e acerca do próprio comportamento.
- Ansiosa de verdade, de ideais para os viver, de responsabilidade, de beleza moral, de inocência e de alegria.
[…] Aos jovens que se perguntam com angústia e ansiedade “Que é a verdade? Existe a verdade?”, respondereis com corajosa convicção “Sem dúvida! Cristo é a Verdade e só Ele tem palavras de vida eterna!”. Aos jo- vens que estão sedentos de alegria, de beleza e de amor, respondereis com Santo Agostinho: “[…] A felicidade é gozar da verdade. É este, portanto, o gosto de Ti, que sois a Verdade, ó Deus, minha Luz, salvação da minha face, ó meu Deus. Esta é a felicidade que todos ambicionam, é esta a única vida feliz que todos querem, é esta a alegria que todos desejam: a alegria da verdade” (Confissões, liv. 10, cap. 23).
SÃO JOÃO PAULO II. Discurso aos participantes no Encontro Veritas, 7/mar/1981.