A referência central de qualquer das Campanhas da Fraternidade que a Igreja promove já há tantos anos não varia, conquanto as temáticas sejam distintas. Tal referência se confunde com a precisa caracterização com que, em uma palavra, o Discípulo define o Pai, ao dizer: Deus é amor (cf. 1 Jo 4, 7–8). Ora, a vida em fraternidade consiste, nada mais, nada menos, na concretização atual da projetada civilização do amor e, este, por seu turno, pulsa como supremo critério de justiça a ser observado no momento em que cada qual é examinado em seu agir concreto.
Ao entardecer, afirma São João da Cruz, seremos julgados pelo amor.
Eis, pois, a primeira interrogante lançada pelo Justo Juiz, como que esperando, contra toda a esperança (pois conhece de antemão a resposta) a atitude fraterna. A instigação que configura o mote da Campanha de 2023: “Dai-lhes vós mesmos de comer”, não é simples apelo. Configura exigência cristã a demandar o agir, aqui e agora.
Pela cabal identificação de Jesus com o pobre, a resposta negativa ou a que com ela coincide, entretanto, revestida de colorido mais grave, que é a indiferença, exige duas reações. A primeira, da Igreja e evoca o sentido educativo da Campanha. Já a segunda, por seu turno, provoca diretamente o Brasil e seu povo, notadamente quem pode e deve dar de comer.
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