Chegamos à fase final do 1º sínodo arquidiocesano de São Paulo. Tendo sido superado o risco mais grave da pandemia de COVID-19, podemos realizar, de forma presencial, as sete sessões da assembleia sinodal arquidiocesana, a cada primeiro sábado do mês, de junho a dezembro deste ano. No dia 7 de maio, às 15h, na Catedral metropolitana, se faz a celebração de abertura da assembleia. Os membros da assembleia, indicados e convocados conforme o Regulamento da assembleia sinodal, são cerca de 400.
A Comissão de Coordenação-geral do sínodo arquidiocesano já aprovou o roteiro das sete sessões da assembleia sinodal, com todos os passos a serem dados para se chegar às conclusões sinodais. Os diversos encarregados da equipe de redação estão concluindo o relatório, que será apresentado no início da assembleia sinodal, com uma síntese de tudo o que o sínodo já produziu desde a sua convocação, em 2017. Cada sessão da assembleia sinodal terá uma celebração inicial de invocação do Espírito Santo, acolhida da palavra de Deus e preces pelos trabalhos da assembleia. Cada sessão será dedicada a um foco principal, para a reflexão e o discernimento da assembleia em vista da elaboração das propostas finais do sínodo. Haverá sempre um tempo conveniente para a partilha e a reflexão em plenário, feitas pelos membros da assembleia.
Na 1ª sessão, no dia 4 de junho, será apresentado o relatório do sínodo, para que a assembleia possa acolher e tomar consciência dos trabalhos já realizados; na 2ª sessão, no dia 2 de julho, o foco será o discernimento sobre a realidade social, econômica, política e cultural da cidade de São Paulo, onde a nossa Igreja vive e realiza sua missão. A 3ª sessão, no dia 6 de agosto, será dedicada ao discernimento sobre a realidade eclesial e os principais desafios à comunhão, conversão e renovação missionária” da Igreja em nossa Arquidiocese. A 4ª sessão, no dia 3 de setembro, terá como foco principal a renovação missionária da Igreja, especialmente em nossa Arquidiocese. Na 5ª sessão, no dia 1º de outubro, as comissões temáticas da assembleia deverão apresentar as propostas elaboradas, em vista das conclusões sinodais. Na 6ª sessão, no dia 5 de novembro, as propostas das comissões temáticas serão amadurecidas em plenário e submetidas a uma primeira votação, para a expressão do consenso da assembleia sinodal. Na 7ª sessão, no dia 3 de dezembro, será apresentado e submetido ao consenso do plenário o relatório final das propostas do 1º sínodo arquidiocesano de São Paulo. A celebração arquidiocesana de conclusão dos trabalhos sinodais acontecerá em 25 de março de 2023.
O sínodo é um processo na vida eclesial para expressar a comunhão, a participação e a missão da Igreja. Nosso sínodo arquidiocesano, iniciado já em 2017, está em plena sintonia com a chamada ao sínodo universal feita pelo Papa Francisco em 2021. A fonte inspiradora do nosso sínodo é a palavra de Deus e o mandato missionário de Jesus à sua Igreja: “Ide pelo mundo inteiro e proclamai o Evangelho a toda criatura” (cf. Mc 16,15). A Igreja nunca pode esquecer que ela existe para a missão, não podendo se contentar com uma ação de mera conservação daquilo que já realizou. Fontes inspiradoras do sínodo são a aplicação da teologia do Concílio Vaticano II, os Documentos das grandes Conferências Gerais do Episcopado da América Latina e do Caribe, especialmente da Conferência de Aparecida (maio de 2007), de cuja celebração comemoramos 15 anos. Mas também são inspiradoras as exortações apostólicas das recentes assembleias do Sínodo dos Bispos, especialmente a exortação Evangelii Gaudium (2013), do Papa Francisco.
As palavras da Igreja sobre a “nova evangelização” vêm sendo repetidas há algum tempo e precisam chegar às bases da vida eclesial, para não serem apenas apelos abstratos e ideais. Nesse sentido, é necessário assimilar, de maneira mais aberta e decidida, tantos apelos que nos vêm da situação contemporânea do mundo e da Igreja. É preciso colocar-se novamente à escuta daquilo que o Espírito Santo diz à Igreja em nosso tempo.
Depois de um percurso bastante longo de “ver-ouvir-discernir”, chegou o momento de pensar na maneira como se expressará a “comunhão, conversão e renovação missionária” no agir pastoral e na organização pastoral. Não bastaria mudar estruturas pastorais sem, antes de tudo, deixar-se mover por novo espírito e novas atitudes na vida e ação eclesial e pastoral. E quem “renova a face da terra” é o Espírito Santo, verdadeiro animador da vida da Igreja. A Ele nos dirigimos em fervorosa oração durante todo o tempo do nosso sínodo e, mais ainda, devemos fazê-lo agora, durante a assembleia sinodal arquidiocesana. Que Ele nos assista, conduza, anime, encoraje e fortaleça!