A catequese é um serviço (ministério) essencial para a vida e a missão da Igreja, especialmente para a transmissão da fé e a iniciação à vida cristã e eclesial. Sem a boa catequese, a fé não desperta, não se desenvolve nem se transmite e não persevera. Nosso sínodo arquidiocesano (2017-2023) revelou a necessidade de uma geral retomada e aprofundamento da catequese nas comunidades de toda a Arquidiocese. Em todos os momentos da história, quando a Igreja precisou superar crises e momentos de esfriamento da fé, a especial ênfase à catequese foi fator decisivo para a superação das crises e para o revigoramento da vida cristã e eclesial.
O Papa Francisco teve a feliz iniciativa de instituir o ministério de catequista com a carta apostólica, em forma de motu próprio, Antiquum Ministerium, de 10 de maio de 2021. Com essa decisão, o serviço dos catequistas pode ser reconhecido pelas dioceses como uma verdadeira vocação e um serviço instituído (“ministério”) para o bem da vida e da missão das comunidades. Mesmo sem uma instituição formal, o serviço dos catequistas já é isso mesmo: uma ação fundamental e necessária para a vida das comunidades da Igreja. Foi assim desde o princípio, desde os tempos subapostólicos, quando, após o anúncio do Evangelho e o interesse pela fé cristã, havia as catequeses para os catecúmenos, antes do Batismo; após o Batismo, as catequeses continuavam para o aprofundamento e a perseverança na fé e na vida cristã.
A catequese é um ato da Igreja e, por isso, a responsabilidade por organizar e incentivar a catequese nas Igrejas locais é do bispo e dos padres, especialmente dos párocos. Mas a prática da catequese é, sobretudo, um serviço laical, desempenhado em todas as comunidades da Igreja por uma verdadeira multidão de mulheres e homens. A primeira catequese, de fato, já começa no lar, no ambiente familiar, quando as crianças recebem de seus pais e familiares o encaminhamento para o Batismo e a primeira iniciação à vida cristã, que pode ser simples, mas é de grande importância. Diz-se que a catequese que marca mais a vida das pessoas é a que se recebe no colo da mãe e do exemplo dos familiares.
Na solenidade de Cristo Rei, celebra-se, aqui no Brasil, o Dia Nacional dos Leigos e Leigas. Quero, pois, destacar a importância da contribuição que esses leigos, chamados catequistas, oferecem para a vida e a missão da Igreja. Eles exercem um serviço precioso e o fazem com grande esforço e generosidade. A eles, cabe um especial agradecimento e a invocação da bênção e da recompensa de Deus. Mas é preciso destacar que a catequese é missão de toda a comunidade eclesial e cada membro da Igreja precisa fazer a sua parte: bispos, padres, religiosos, pais, família, catequistas e a inteira comunidade de fé. A catequese é uma ação eclesial, feita sob a condução do Espírito Santo. Desejo encorajar a todos nessa missão.
Também em São Paulo serão instituídos os “ministros catequistas”. Após muita reflexão e trabalho da Comissão Arquidiocesana de Catequese e com a contribuição dos Bispos Auxiliares, foram elaboradas as Diretrizes e Critérios da Arquidiocese de São Paulo para a Instituição de Ministros da Catequese, que entram em vigor no Domingo de Cristo Rei deste ano.
Com essas Diretrizes, destaca-se a importância da catequese, da formação dos catequistas e da responsabilidade especial dos párocos no processo catequético. Além disso, são estabelecidos critérios para a indicação e a escolha de candidatos ao ministério de catequista e para a sua preparação próxima para a recepção do ministério. As Diretrizes e Normas dispõem ainda sobre o exercício do ministério de catequista e o acompanhamento na formação permanente dos catequistas. Trata-se de um instrumento referencial comum para toda a Arquidiocese para a formação dos catequistas e sua instituição no ministério.
Os primeiros grupos de “ministros da catequese” da Arquidiocese serão instituídos em duas ocasiões de peregrinação dos catequistas no Ano Jubilar de 2025: nos dias 22 de março e 30 de agosto, sempre às 15h, na Catedral Metropolitana. Em cada uma dessas duas ocasiões, poderão ser instituídos dois ministros da catequese de cada paróquia da Arquidiocese. Inicia-se, portanto, agora, o processo de indicação e escolha dos candidatos de cada paróquia, conforme normas estabelecidas. A coordenação desse processo fica ao encargo da Comissão Arquidiocesana da Catequese e das Comissões Regionais, acompanhadas pelos seus respectivos Bispos/Vigários Episcopais.
O ano Jubilar será marcado pela esperança: somos todos “peregrinos de esperança” (cf 1Ts 1,3). E o Papa Francisco, na Bula de anúncio do Jubileu, pediu para que a Igreja mostrasse os sinais de esperança já presentes no mundo. Entre tantos belos sinais de esperança, também a renovação da catequese é um sinal da esperança, que “não decepciona” (cf. Rm 5,5).
Que bênção!
Que o Espírito Santo sempre nos conduza, nesta missão abençoada de evangelização
A missão do catequista e uma das mais belas, é ter o privilégio de anunciar Jesus Cristo Rei do universo, não por somos bom mais porque formos escolhidos pelo espírito santo pois sem essa verdade sem essa força não conseguiremos porque nela também como na vida temos muitas dificuldades mais também muitas graças e bençãos.
Assim seja