Ao celebrarmos o Natal do Senhor, celebramos o mistério que vem acompanhado da pobreza e da alegria. Uma imagem que talvez nos ajude a iluminar este pensamento é a imagem do presépio: uma realidade simples, que todos entendem; composto de figuras diferentes e de tamanhos diferentes. Porém, o essencial é que todos, de uma forma ou outra, se inclinam e olham para o mesmo ponto, para o nascimento de Jesus.
O mistério do Natal é, certamente, um mistério de empobrecimento: Cristo, o Filho de Deus, rico que era, se fez pobre por nós, a fim de se fazer igual a nós, sobretudo por amor aos mais pobres. Tudo no presépio é simples e humilde, e, consequentemente, tudo no mistério é simples. Por isso, o mistério do Natal de Jesus não é algo que exige de nós muita racionalidade se antes olharmos com a simplicidade da fé e do amor o Verbo da vida que se torna visível e tangível à nossa vida cotidiana e no próximo que devemos amar. Pobreza e alegria se tornam, portanto, palavras simples para exprimir o mistério do Natal, quando entregamos nossas angústias e anseios, nossas mãos pobres, nossos pés cansados, nas mãos de Deus que cuida de nós e que nos fará participar da verdadeira alegria quando, como Ele, nos fizermos pequenos ao grande mistério do amor infinito de Deus. Que Deus faça do nosso coração pequeno como o presépio, mas suficiente e grande para sentirmos o mistério manifestado pelo Verbo que se fez carne.