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Querida Amazônia! 

Em 5 de setembro é comemorado anualmente o Dia da Amazônia. O objetivo principal é chamar a atenção da sociedade para a importância da preservação da floresta e de seus recursos naturais. A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo, distribuída por nove países da América do Sul, sendo grande parte no território brasileiro. Estima-se que existam mais de 50 mil plantas e 125 mil animais identificados, segundo o IBGE, com muitos outros ainda sem catalogação. 

Essa impressionante biodiversidade posiciona o Brasil como um dos principais centros de vida no planeta, com potencial científico, econômico e cultural, mas também sob grande responsabilidade de preservação. Celebrar o Dia da Amazônia é uma oportunidade para refletir sobre a importância da preservação desse fabuloso e vital recurso que a mãe natureza nos concede. É um chamado à ação para que sejam implementadas políticas públicas e ações eficazes na sua proteção e desenvolvimento sustentável, assim como na justiça social na região. 

Em 2020, o Papa Francisco, de saudosa memória, publicou a exortação apostólica Querida Amazonia, um documento que reflete a importância da região para o planeta e os desafios que ela enfrenta. Ele chama a atenção para a sua biodiversidade, sobretudo para a produção de oxigênio e para a regulação do clima, e critica veementemente a exploração predatória dos recursos naturais, assim como a violência e a marginalização que as comunidades originárias locais enfrentam, exortando os governos e as empresas a respeitarem seus direitos e a trabalharem em parceria com elas para proteger a Floresta. 

Anos antes, na encíclica Laudato si’, publicada em 2015, Francisco já destacava a importância da ecologia e da proteção do meio ambiente. Ele afirma que a crise ecológica é uma das principais questões do nosso tempo e que é necessário um novo modelo de desenvolvimento que priorize a sustentabilidade e a justiça social. No texto, destaca a importância da educação como sendo fundamental para promover a conscientização e a responsabilidade compartilhada para com o meio ambiente. Um dos principais conceitos da encíclica é o de “ecologia integral”, que aborda a relação entre os seres humanos e o meio ambiente, tema amplamente explorado na Campanha da Fraternidade deste ano, cujo significativo lema foi“Deus viu que tudo era muito bom!” (Gn 1,31). 

A ecologia integral é um conceito que vai além da preservação ambiental, considerando também os aspectos sociais, culturais e econômicos. Segundo o Papa Francisco, “…é necessário enxergar o meio ambiente como parte de um sistema interligado, no qual a degradação ambiental impacta diretamente a qualidade de vida das pessoas, especialmente as mais vulneráveis”. 

A Campanha da Fraternidade 2025 não se limitou à reflexão, e continua incentivando ações concretas para a transformação social e ambiental, ecoando em nossas consciências com forte apelo à conversão. Algumas das principais iniciativas incluem a promoção de ações socioambientais, a formação de agentes de pastoral e a mobilização da sociedade civil. 

As iniciativas populares em defesa do meio ambiente têm sido fundamentais para proteger o planeta e promover a sustentabilidade. Essas iniciativas, muitas vezes lideradas por pastorais da Igreja, ONGs e ativistas, têm demonstrado que a ação coletiva pode fazer grande diferença. Juntos, podemos fazer mudanças e garantir um futuro sustentável para a Amazônia, assim como para as gerações futuras. É importante apoiar e fortalecer essas iniciativas, para que possamos construir um mundo sustentável e equitativo para todos. 

“Louvado, seja, meu bom Senhor, pela nossa irmã, a mãe terra, que nos sustenta e governa…!” (São Francisco de Assis). 

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