‘Toda guerra é uma derrota!’

Amanhecemos o dia 7 de outubro surpreendidos e estarrecidos com as notícias do ataque terrorista promovido pelo Hamas, que, a partir da Faixa de Gaza, lançou milhares de foguetes em várias cidades israelenses. Diferentemente de outros ataques, desta vez o grupo terrorista conseguiu infiltrar-se em território israelense, atacando civis e fazendo reféns.

As imagens viralizadas nas mídias sociais mostram os terroristas do grupo Hamas atirando aleatoriamente em israelenses, desde crianças, mulheres e idosos, e prendendo em cativeiro (gaiolas), como se fossem animais, crianças na primeira infância.

O resultado esperado: o primeiro-ministros de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou guerra ao Hamas e iniciou de imediato uma ofensiva aérea, bombardeando pontos da Faixa de Gaza considerados postos estratégicos de milicianos extremistas palestinos, seguido de enfretamento terrestre em curso.

No segundo dia do conflito, Israel recebeu ataques aéreos ao norte do país, promovidos pelo também grupo terrorista Hezbollah, a partir do sul do Líbano.

Em vários países da Europa e do Oriente Médio, palestinos saíram às ruas comemorando esse que está sendo considerado o maior ataque contra Israel em décadas, “sem precedentes”, segundo especialistas.

Até o momento em que este editorial foi redigido, o número de mortos ultrapassa 1,8 mil, além dos milhares de feridos. O “conflito” cresce em potencial de escalada de guerra e violência.

Os Estados Unidos declararam apoio incondicional a Israel. Ao mesmo tempo, o governo norte-americano está recebendo duras críticas e sendo acusado por setores da sociedade pela liberação de 6 bilhões de dólares ao Irã, em troca de cinco reféns americanos. O acordo aconteceu em setembro, e especialistas acreditam que parte desse dinheiro possa ter sido usado para financiar o Hamas.

Enquanto isso, países do mundo árabe declararam apoio ao Hamas e o acordo de paz que estava prestes a ser assinado entre Israel e Arábia Saudita fica inconclusivo. No parecer dos especialistas em geopolítica, este parece ter sido o objetivo primário dos que planejaram o ataque terrorista a Israel. Além disso, o sonho da criação de uma Estado Palestino que coexista pacificamente com o Estado de Israel torna-se muito, muito distante.

Quem ganha com a guerra? Ninguém! Como bem afirmou o Papa Francisco: “Toda guerra é uma derrota”.

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