Contemplar sempre a misericórdia

Sérgio Ricciuto Conte

 “Eu sou um pecador. Esta é a melhor definição. E não é um modo de dizer, um gênero literário. Sou um pecador […] Sou um pecador para quem o Senhor olhou. Sou alguém que é olhado pelo Senhor. A minha divisa, Miserando atque elegendo [tirada de uma Homilia de São Beda, o Venerável, comentando a vocação de São Mateus], senti-a sempre como muito verdadeira para mim” (Papa Francisco, respondendo à pergunta “Quem é Jorge Mário Bergoglio?”, em entrevista a Padre Antonio Spadaro, 19/ago/2013).

“Precisamos sempre contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz. É condição da nossa salvação. Misericórdia: é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia: é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia: é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado” (Misericordiae Vultus, MV 2).

“A viga que suporta a vida da Igreja é a misericórdia. Toda a sua ação pastoral deveria estar envolvida pela ternura com que se dirige aos crentes; no anúncio e testemunho que oferece ao mundo, nada pode ser desprovido de misericórdia [….] Sem o testemunho do perdão, resta apenas uma vida infecunda e estéril, como se se vivesse em um deserto desolador […] O perdão é uma força que ressuscita para nova vida e infunde a coragem para olhar o futuro com esperança” (MV 10).

Deixe um comentário