
“Havia uma grande multidão ao redor de Jesus, e, por isso, muitas pessoas tocam Nele, mas nada lhes acontece. Pelo contrário, quando esta mulher [a hemorroíssa, cf. Mc 5,21-43) toca em Jesus, fica curada. Onde está a diferença? Comentando este ponto do texto, Santo Agostinho diz, em nome de Jesus: ‘A multidão aglomera-se à minha volta, mas a fé toca-me‘ (Sermão 243,2,2). É assim: cada vez que praticamos um ato de fé destinado a Jesus, estabelece-se um contato com Ele e imediatamente brota Dele a Sua graça. Às vezes, não nos damos conta, mas de modo secreto e real a graça chega até nós e transforma lentamente a vida.
Talvez ainda hoje muitas pessoas se aproximem de Jesus de maneira superficial, sem acreditar verdadeiramente no Seu poder. Pisamos a superfície das nossas igrejas, mas talvez o coração esteja em outro lugar! Esta mulher, silenciosa e anônima, derrota os seus receios, tocando o coração de Jesus com as suas mãos consideradas impuras por causa da doença […] Estimados irmãos e irmãs, na vida há momentos de desilusão e desânimo, e há também a experiência da morte. Aprendamos com aquela mulher: vamos ao encontro de Jesus: Ele pode curar-nos, pode fazer-nos renascer. Jesus é a nossa esperança!” (LEÃO XIV. Catequese de 25 de junho de 2025)