Francisco: proximidade aos últimos, uma das qualidades de Deus

Ao saudar a Associação “Assifero”, que reúne fundações italianas e estrangeiras dedicadas à promoção da pessoa e de uma economia solidária, o Papa reafirma que uma sociedade sólida se constrói com compaixão e proximidade aos marginalizados.

Vatican Media

O Papa Francisco recebeu em audiência, na Sala Clementina, no Vaticano, nesta quinta-feira (26/01), os membros da “Assifero”, Associação Italiana de Fundações e Organizações Filantrópicas.

Em seu discurso, o Pontífice recordou que esse organismo reúne “várias fundações privadas que, na Itália e no exterior, trabalham em vários campos, para a promoção da pessoa e para o desenvolvimento de modelos sociais e econômicos saudáveis ​​e solidários, colocando em sinergia diferentes competências e recursos”.

Uma assistência material que visa emancipar as pessoas

O Papa recomendou aos membros da associação “três importantes valores: a promoção do bem integral da pessoa, a escuta das comunidades locais e a proximidade aos últimos”. “Não se esqueçam da proximidade que é uma das qualidades de Deus: proximidade, compaixão e ternura. Deus é assim: próximo, compassivo e terno. São as três “atitudes”, por assim dizer, de Deus. Esta proximidade leva à compaixão e à ternura”, reiterou.

O primeiro valor indicado por Francisco, “a promoção do bem integral da pessoa” deve ser feita “nas suas dimensões fundamentais: material, intelectual, moral e espiritual”. O Papa ressaltou que é importante que “a assistência material visa emancipar as pessoas, tornando-as protagonistas do seu crescimento, no desenvolvimento de suas capacidades e talentos, tanto no âmbito individual quanto comunitário. Tudo isso de acordo com sólidos princípios éticos, para que o crescimento econômico se realize na solidariedade e na justiça”. “Vocês podem se inspirar nas palavras de Jesus que disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”, sublinhou.

Plantar as sementes para o futuro

A seguir, o Papa se deteve no segundo valor: a escuta das comunidades locais.

É muito importante, para que a sua ação não se reduza a uma ajuda esporádica, mas plante as sementes para o futuro nos lugares onde as pessoas vivem, nas situações que a Providência indicar a vocês. A humildade da escuta, assim entendida, é um elemento fundamental do agir para bem comum, ainda mais quando permite ser porta-voz das necessidades dos mais frágeis nas instituições públicas.

No terceiro e último valor, a proximidade aos últimos, Francisco citou um provérbio que diz que “uma corrente é tão forte quanto seu elo mais fraco”.

Estar próximo aos últimos, curvar-se diante de suas feridas, cuidar de suas necessidades, é lançar uma boa base na construção de comunidades unidas e sólidas, para um mundo melhor e um futuro de paz. É o próprio Cristo que vem ao nosso encontro nos pobres, para nos mostrar o caminho para o Reino dos Céus, Ele que “se fez pobre para nos enriquecer com sua pobreza”.

Fonte: Vatican News

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