A alegria de voluntário colombiano que almoçou com o Papa na JMJ Lisboa 2023

Luís Carlos Cruz Duarte, 31, nasceu na Colômbia, é designer gráfico e professor de piano. Participou pela primeira vez da JMJ Panamá 2019 como voluntário na área de call center e agora, na JMJ Lisboa 2023, também atuou no voluntariado, na área de design.

Arquivo pessoal

Você sempre foi católico ou se converteu já adulto?
A minha família é de profundos valores católicos e, desde pequeno, sempre incutiu em mim os valores morais e a maneira correta de agir na sociedade. Participo ativamente na Igreja desde criança, no coro infantil e, depois, no grupo de acólitos da paróquia. Somos uma família muito unida, em que o diálogo e o amor entre todos é sempre essencial.

Quais experiências vividas na JMJ Lisboa 2023 você destacaria?
Considero esta JMJ marcante porque foi para mim um voluntariado com grandes desafios, principalmente por poder fazer parte da equipe de Design Gráfico, uma grande responsabilidade em poder atingir cada jovem, de todos os lugares do mundo, a cada peça gráfica produzida. Também considero uma graça e algo que nunca pensei que aconteceria: nesta JMJ, fui escolhido entre tantos jovens para almoçar com o Papa Francisco, uma oportunidade que me encheu de alegria e marcou a minha vida profundamente. Poder ficar 45 minutos perto dele, conversar com ele, dividir a mesma mesa em um almoço em que em vários temas de diálogo foram abordados reafirmou pra mim que Deus está sempre no meio de nós e que ele [o Papa] é aquela figura de Jesus vivo no meio de nós, na Igreja.

O que você aprendeu durante os dias em Lisboa, sobretudo com os jovens de outros países?
Estando em Lisboa durante os seis últimos meses, pude aprender muitas coisas, entre as quais destaco: saber entender o coração do outro para poder trabalhar em equipe para um fim que é a juventude do mundo; a espiritualidade sempre como uma parte essencial da vida de cada cristão; a partilha das culturas e, por fim, o reconhecimento da voz de Deus no meio da vida cotidiana, mesmo nas preocupações, o que me permitiu aprender também com os outros voluntários do Comitê Organizador Local e de diversos países, que sempre proporcionam um clima de alegria e amizade para rezar com eles e ser uma grande equipe de voluntários internacionais.

O que você considera que mudou em seu coração depois de participar da JMJ? O que Deus lhe mostrou?
São tantas coisas que Deus mudou em meu coração depois dessa participação na JMJ, mas destaco uma: poder chegar mais perto da realidade do outro, poder ouvir suas necessidades, oferecer uma mão como amigo em seus momentos ruins para ser um instrumento do Seu amor e essa pessoa poder mudar sua vida, e, assim como eu vejo o rosto de Deus, compartilhar esse rosto do seu amor com os outros. Foi Deus quem me mostrou seu rosto para me dizer: “Você é capaz de muito na vida, mostre o meu amor aos outros, serviço e amor”.

O que você acha que será diferente em sua vida daqui para frente?
Minha vida espiritual passava por um momento crítico de aridez. Sinto que esta JMJ foi uma “recarga” de energia espiritual para mim, poder me aproximar mais da Eucaristia, da oração, da Confissão, para poder continuar a viver a minha vida como um bom católico, comprometido com a missão da Igreja no mundo jovem.

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