Leão XIV expressa em um telegrama sua proximidade com todas as pessoas afetadas pela tragédia que atingiu uma aldeia no centro do Sudão, destruída por um deslizamento de terra. O balanço sobre o número de vítimas ainda é provisório.

Dor, proximidade e orações: é o que o Papa Leão XIV assegurou a todas as pessoas afetadas pelo deslizamento de terra que atingiu a aldeia de Tarasin, na região central de Darfur, no Sudão. Em um telegrama assinado pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, e endereçado ao bispo de El Obeid, dom Yunan Tombe Trille Kuku Andali, lê-se que o Pontífice “assegura a todos aqueles que foram atingidos por esta tragédia sua proximidade espiritual. Rezando em particular pelo descanso eterno dos falecidos, por aqueles que choram a sua perda e pelo resgate das muitas pessoas ainda desaparecidas”, o Papa “dá o encorajamento às autoridades civis e à equipe de emergência em seus contínuos trabalhos de socorro”. Leão XIV, então, conclui a mensagem invocando ao país consolo e bênção divina.
O deslizamento de terra
Haveria apenas um sobrevivente, segundo informações de um grupo rebelde que controla a área em Darfur, na parte ocidental do Sudão, onde na noite desta segunda-feira (01/09) ocorreu um enorme deslizamento de terra que causou mais de mil vítimas e destruiu parte de uma região conhecida pela produção de frutas cítricas.
“Uma tragédia humanitária para todo o país”
O governador de Darfur, Minni Minnawi, aliado do exército, definiu o deslizamento de terra como uma “tragédia humanitária que transcende as fronteiras da região” e pediu às organizações humanitárias internacionais “que intervenham com urgência e prestem apoio e assistência neste momento crítico, pois a tragédia é mais do que o nosso povo pode suportar”.
A guerra esquecida no Sudão
Grande parte de Darfur permanece inacessível às ONGs, incluindo a área afetada pelo deslizamento de terra, devido aos combates que limitam gravemente o fornecimento de ajuda humanitária. A guerra no Sudão começou em abril de 2023 e causou até agora mais de 40 mil mortes e pelo menos 13 milhões de deslocados. Há duas semanas, a ONU denunciou que, todos os dias, no campo de refugiados de Abu Shouk, dezenas de pessoas morrem de fome e desnutrição todas as semanas.
Fonte: Vatican News