
Na sexta-feira, 8, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, recebeu na Casa Branca o primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan, e o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, para mediar o acordo de paz entre as duas nações. No documento, os países se comprometeram a respeitar a integridade territorial um do outro, a abster-se de usar a força um contra o outro, a acatar o direito internacional e a colocar formalmente um fim a quase quatro décadas de litígio.
Armênia e Azerbaijão, vizinhos na região do sul do Cáucaso, estavam em conflito desde o final da década de 1980 por causa de tensões étnico-religiosas em Nagorno-Karabakh, uma região montanhosa no extremo sul do Azerbaijão, habitada por armênios cristãos. A Armênia, com o apoio de separatistas, conquistou o controle sobre o território e áreas adjacentes, separando-os do Azerbaijão, de maioria muçulmana.
O Azerbaijão impôs um bloqueio a Nagorno-Karabakh, levantando preocupações sobre um genocídio por fome, que durou de dezembro de 2022 a setembro de 2023 e culminou com a retomada total da região, fazendo com que mais de 120 mil armênios fugissem de volta para seu país em apenas uma semana. Desde então, os dois lados afirmavam que queriam a paz, mas as negociações, mediadas pela Rússia, nunca progrediram.
Como parte do acordo, a Armênia concordou em permitir a criação de um corredor de trânsito de 32 quilômetros em seu território, conectando o Azerbaijão ao enclave de Nakhchivan. Os Estados Unidos desenvolverão a rota, porém o corredor operará sob a lei armênia.
Fontes: The Christian Post e UOL