Bispos chilenos: ‘O casamento estabelecido e querido por Deus é somente entre um homem e uma mulher’

Comitê Permanente da Conferência Episcopal do Chile se posiciona diante de discussões sobre a chamada ‘lei do casamento igualitário’

foto: Divulgação

A Conferência Episcopal Chilena emitiu uma mensagem na quarta-feira, 2, em que critica a postura do presidente do País, Sebastián Piñera, de colocar como discussão prioritária no país o projeto de lei do “Casamento Igualitário”, em discussão no Parlamento desde 2017.

A mensagem dos bispos é iniciada recordando que diante do atual pandemia de COVID-19, com seus impactos sanitários e econômicos, a preocupação de todos, em especial daqueles eleitos para cargos públicos, deve ser a de ações efetivas, em especial em favor dos mais vulneráveis.

Diante disso, a atenção do presidente em colocar como urgência a discussão da chamada “lei do casamento igualitário” é vista com estranheza pelos Bispos, que reforçam que aqueles que seguem Jesus Cristo como Salvador e Senhor e se guiam por seus ensinamentos “sustentam a certeza de que o casamento estabelecido e querido por Deus é somente entre um homem e uma mulher, comunhão que gera a vida e fundamenta a família”.

Ressaltam, ainda, que o ensinamento da Igreja Católica sobre o tema é explícito e conhecido: “a vocação ao Matrimônio se inscreve na natureza mesma do homem e da mulher, tais como saíram das mãos do Criador” (Catecismo da Igreja Católica, 1603).

Lembram, também, que a família é o lugar primeiro das relações interpessoais, “célula primária e vital da sociedade (…) nascida da íntima comunhão de vida e de amor conjugal fundada sobre o casamento entre um homem e uma mulher” (Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 211).

Destacam, ainda, que este ensinamento foi reforçado pelo Papa Francisco na encíclica Amoris laetitia, o que não contradiz a firme convicção da Igreja de que toda pessoa, independentemente de sua tendência sexual, seja respeitada em sua dignidade e acolhida com respeito, procurando-se evitar qualquer tipo de discriminação (cf. AL, 250).

Por fim, os bispos chilenos recordam ainda que do ponto de vista dos direitos das pessoas do mesmo sexo que decidem viver juntas, a legislação nacional já estabelece um regime que ampara juridicamente esta decisão e a reconhece.

(Com informações da Conferência Episcopal do Chile)

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